Seu nome popular já diz tudo: sapo-cururu ou sapo-boi. Nativo de países da América Central e do Sul, principalmente o Brasil, em específico, na Amazônia, esse anfíbio enorme é venenoso e considerado uma das principais espécies invasoras do mundo. No passado, ele foi “importado” em muitos lugares para combater pragas em lavouras. Acontece que eles não controlavam nada e se reproduziam sem controle.
Foi o que aconteceu na Austrália. Em 1935, 2.400 sapos-bois foram levados para uma região ao norte de Queensland para serem usados em plantações de cana-de-açúcar contra um inseto que matava as plantas. De nada adiantou e em 1999, ele foi incluído numa lista do governo de espécies que provocavam ameaça à biodiversidade local. Estima-se que sejam milhões deles em solo australiano.
Pois bem, mais de 20 anos depois, há poucos dias guardas florestais se depararam no Parque Nacional de Conway com um desses sapos. Não era qualquer um deles. Era uma fêmea gigantesca, que pesava 2,7 kg. Provavelmente a maior dessa espécie já registrada até hoje.
“Abaixei-me e agarrei o sapo-cururu e não pude acreditar como era grande e pesado”, contou a guarda Kylee Gray. “Nós o apelidamos de Toadzilla e rapidamente o colocamos em um recipiente para que pudéssemos removê-lo da natureza”.
Sapos-bois podem viver cerca de 15 anos. Uma fêmea pode produzir até 30 mil ovos em cada temporada reprodutiva. Como são venenosos, podem matar outros animais, incluindo domésticos. A toxina age sobre qualquer bicho que os morde, lambe ou come.
O veneno leitoso das glândulas parotóides, chamado de bufotoxina fica atrás dos ombros. Afeta o coração, e a bufotenina, um alucinógeno.
“Um sapo-cururu desse tamanho come qualquer coisa que caiba em sua boca, e isso inclui insetos, répteis e pequenos mamíferos”, explica Kylee.
Toadzilla foi retirado do parque nacional e sacrificado. Caso continuasse no local, poderia continuar se reproduzindo e causar um desequilíbrio naquele ecossistema. O Museu de Queensland já se mostrou interessado em receber o animal para tê-lo em sua coleção de anfíbios.
*Com informações do Queensland Government e da National Geographic
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Foto de abertura: © The State of Queensland (Department of Environment and Science)
Os sapos não podem ser vistos só como uma besta pra natureza,todo animal se pararmos para pensar tem em si mesmo sua defesa natural, ninguém atua melhor do que a própria natureza,se ele existe é porque sua presença é bem mais do que necessária na natureza ,quanto ao ciclo de vida só devemos respeitar nossa existência e se ele está causando algum dano a natureza ou ao meio ambiente existe um sério problema,o homem ele nunca conseguiu ecoexistir com a vida que aqui já estava.O que vai acontecer quando o homem super lotar o planeta?
Maria da Conceição,
Obrigada pela mensagem.
Você tem toda razão! Mas em nenhum momento falamos de sapos como “bestas pra natureza”. O que acontece é que, na Austrália, essa espécie é invasora e não tem predadores naturais, por isso precisa ser controlada.
Abraço,
Suzana
Falam deste sapo como se fosse novidade mas há 65 atrás em Teresópolis próximo a granja Comari ele está a lá, a a criançada se divertia com medo deles.
Luiz,
Nunca falamos que é uma “novidade”. A matéria descreve o encontro dele na Austrália, onde é uma espécie invasora, e foi achado um muito grande.
Abraço,
Suzana
Tudo isso só começou pela ação do ser humano,acredito que não tivessem usado os sapos como uma uma soluçao pra um poblema a natureza não estaria em desequilibrio e isso só fez causa um outro maior.Sobre o sapo ser sacrificado sou totalmente contra ,se ele foi encontrado em um parque nacional deveriam ter colocado em seu hábitat natural ,como aconteçe com um jacaré ou uma cobra ,sendo que o sapo é um animal igual a qualquer outro.
Oi Suzana estou vendo que as pessoas não entendem que a função jornalística e informar as pessoas seja uma curiosidade…seja um evento como esse que e interessante…mas sabe e que na verdade as pessoas gostam de tragédias…fofocas….mentiras…e por.ai vai…quando se posta um a matéria interessante a título de informações até mesmo para estudantes que hoje não sabem nem que o “leite vem da vaca”…estão desinformados pois e um bombardeio dessas notícias inúteis…quando se depara com uma matéria que na vdd até pode despertar a curiosidade de um estudante para estudar espécie quem sabe despertar para uma profissão já que os estudantes nem sabe o que querem ser…as pessoas preferem criticar…mas parabéns pela matéria…e continue trazendo coisas interessantes além de fofocas e tragédias…fique com Deus
Oi Ana,
Obrigada pela mensagem carinhosa!
Abraço,
Suzana
Nossa!!!
Nem né America do Sul se acha um desse porte.
Foi igual aos Javalis, introduzidos na fauna brasileira.
Sem predadores, São uma praga