
Orcas são realmente animais fascinantes. Apesar de serem chamadas de “baleias”, a espécie (Orcinus orca) pertence à família dos golfinhos – o maior deles. Receberam o apelido em inglês de killer whale (baleia assassina) porque cientistas observaram que além de se alimentam de peixes, lulas, focas, golfinhos, toninhas, pinguins e tartarugas-marinhas, também caçam grandes baleias, assim como tubarões.
Todavia, ainda não havia um registro documentando o ataque de uma orca ao até hoje considerado o maior predador dos oceanos: o tubarão-branco (Carcharodon carcharias), um gigante que pode pesar mais de 2 toneladas, atingir até 7 metros de comprimento e que possui 3 mil dentes.
Mas graças ao uso de um drone, foi possível documentar toda a estratégia utilizada, durante cerca de uma hora, por um grupo de orcas ao se aproximar e matar um tubarão-branco. O flagrante foi registrado em junho, na Baía de Mossel, na África do Sul, por pesquisadores da Marine Dynamics Academy, que estavam num helicóptero.
“Esse comportamento nunca havia sido testemunhado em detalhes antes, e certamente nunca do ar”, diz Alison Towner, especialista em tubarões e principal autora de um artigo científico que relata o episódio.
De acordo com a pesquisadora, as orcas mataram não apenas um, mas vários tubarões.
A análise do vídeo ajudou os pesquisadores ainda a entender melhor o comportamento do tubarão ao se ver acuado pelas orcas. Em vez de tentar fugir, ele se mantem próximo ao seus predadores, uma estratégia usada por focas e tartarugas quando atacadas por tubarões. Todavia, não houve sucesso.
“As baleias assassinas são animais altamente inteligentes e sociais. Seus métodos de caça em grupo os tornam predadores incrivelmente eficazes”, explica o especialista em mamíferos marinhos Simon Elwen, diretor do Sea Search e pesquisador associado da Universidade Stellenbosch.
As imagens também mostram uma das orcas comendo o que se suspeita ser um pedaço do fígado do tubarão-branco.
O estudo sugere ainda que entre as Orcinus orca alguns tipos de novos comportamentos vão sendo repassados entre o grupo e se isso for verdade é possível que aumente o número de ataques a tubarões-brancos, algo pouco observado até então.
*Com informações e entrevistas do site Phys.org
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Foto: reprodução vídeo Christiaan Stopforth
Que vergonha, dar notícia antiga como se fosse recente. “Registro inédito”??? Que inédito, minha filha? Como você mesma disse, o vídeo é de junho e se você se desse ao trabalho de pesquisar antes veria que tem uma reportagem da Revista Galileu, com o mesmo vídeo de 30 de julho. Você está mais de 2 meses atrasada e vem falar de registro inédito?? Aff… chamada sensacionalista.
Prezada Sofia,
Se você ler a reportagem com atenção, vai ver que os pesquisadores acabam de divulgar um artigo científico sobre o assunto, no último dia 3 de outubro: https://esajournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ecy.3875
A reportagem fala sobre isso. Inclusive, um dos mais respeitados jornais do mundo, o The Guardian, também publicou uma notícia sobre o tema esta semana: https://www.theguardian.com/environment/2022/oct/05/drone-footage-orcas-killing-white-shark-south-africa
Não fazemos jornalismo sensacionalista e pesquisamos muito antes de escrever qualquer texto.
Abraço,
Suzana