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Orcas presas por blocos de gelo flutuante na costa do Japão preocupam especialistas em vida marinha

Orcas presas em gelo flutuante na costa do Japão preocupam especialistas em vida marinha

Imagens transmitidas pela emissora pública japonesa, NHK, hoje (6) – que vc pode ver no final deste post – são muito aflitivas. Mostram cerca de 13 orcas presas numa pequena abertura na superfície de gelo que fica a cerca de 1 km da costa de Rausu, na península de Shiretoko – patrimônio mundial da Unesco famoso por sua abundante vida selvagem -, no norte do Japão.

O gelo espesso impede que elas se desvencilhem do local e, também, que a guarda costeira chegue até lá para tentar libertá-las. O órgão diz que talvez não exista outra possibilidade se não aguardar que o gelo se quebre para que elas escapem. 

E é justamente isso que causa preocupação já que esta não é a primeira vez que orcas ficam encalhadas no gelo, nessa região que é conhecida por facilitar o avistamento de baleias no verão. 

Em 2005, várias delas morreram ao ficarem presas no gelo marinho ao largo de Rausu. Será esse também o destino do grupo de agora?

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As orcas foram descobertas por um pescador – que avisou a guarda-costeira – e também por Seiichiro Tsuchiya, especialista em vida marinha, que as filmou com drone (as imagens exibidas pela emissora são dele). À TV, ele contou que notou o grupo se debatendo quando pesquisava a população local de leões marinhos.  

“Vi cerca de treze orcas com as cabeças saindo de um buraco no gelo”, declarou ao jornal britânico The Guardian. “Elas pareciam estar lutando para respirar e parece que há três ou quatro filhotes”.

Os maiores cetáceos do mundo, como cachalotes, podem passar longos períodos debaixo d’água, mas as orcas só conseguem ficar submersas por alguns minutos de cada vez.

Todo inverno, o mar ao largo do leste de Hokkaido – ilha principal mais ao norte do Japão – fica coberto de gelo flutuante, mas já faz um tempo que, devido às mudanças climáticas e ao aumento da temperatura, o gelo diminuiu consideravelmente.

E, pra piorar a situação, segundo autoridades, durante a semana, não teve vento e, portanto, as camadas de gelo não se moveram, o que facilitaria sua quebra.

Importante observar que os maiores cetáceos, como as baleias cachalotes, podem passar longos períodos debaixo d’água, mas as orcas – que não são baleias, mas parentes dos golfinhos! -, geralmente ficam submersas no máximo por 15 minutos de cada vez. Por isso, não conseguem submergir e escapar da longa superfície de gelo na costa de Rausu.

A seguir, assista ao vídeo produzido por Seiichiro Tsuchiya e exibido pela emissora pública japonesa NHK e reproduzido pelo jornal britânico The Telegraph:

Foto: reprodução do vídeo

Fontes: NHK, The Guardian, The Telegraph

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