Flagrante de urso polar dormindo sobre cama de flores mostra a beleza da natureza selvagem do Ártico

Nada de gelo, o único branco que aparece nesta foto é o do pelo do urso polar, que dorme calmamente sobre uma cama verde, repleta de flores silvestres, de um rosa vibrante. O flagrante, lindíssimo, feito pelo fotógrafo Christopher Paetkau, conquistou o prêmio “A Fotografia do Ano” desta edição do Nature Photography Contest, que acaba de divulgar seus vencedores.

“A cena era surreal. Os tons dourados do nascer do sol se misturavam com as flores vibrantes, criando um cenário de tirar o fôlego enquanto o urso caçava andorinhas-do-mar-árticas entre as rochas. Após uma caçada bem-sucedida e um lanche matinal, ele se acomodou ali para descansar”, revelou Paetkau. “Essa experiência fugaz foi um poderoso lembrete da magia crua e da tranquilidade da natureza selvagem do Ártico.”

Já quem ganhou o prêmio de “Fotógrafo do Ano” foi Thomas Vijayan. “Em várias categorias, Vijayan demonstrou seu olhar aguçado para composição, narrativa e o delicado equilíbrio que governa o mundo natural”, escreveram os jurados sobre seu trabalho.

Parte da premiação de Vijayan será escolher um o local onde 500 mudas de árvores serão plantadas, uma colaboração do Nature Photography Contest com a organização One Tree Planted.

Esta é a segunda edição do concurso internacional, que recebe trabalhos de fotógrafos profissionais e amadores, e foi criado com o objetivo de celebrar a beleza do mundo natural e a importância de sua conservação.

Confira abaixo algumas das outras imagens premiadas:

“Na costa da Dominica, tive a sorte de mergulhar com um grupo de cachalotes. Naquele dia, havia toneladas de sargaço na água. Uma grande cachalote começou a avançar em minha direção. Eu me mantive firme e, quando ela passou por mim, parecia um trem passando. Tive a sorte de tirar algumas fotos e o sargaço acrescentou à composição da foto”

“A vida de um urso-cinzento é bem simples: procurar comida, encontrar um companheiro, dormir por um longo tempo, repetir. Eles são perfeitamente ajustados para procurar frutas, cavar sementes e vasculhar carcaças. Eles não buscam conflitos, eles simplesmente tomam decisões com base no que está na frente deles. Sua decisão de ir atrás de ovelhas colocou esse urso em uma armadilha de bueiro, preparada por especialistas em vida selvagem por preocupação com pessoas, gado e o próprio urso. Por mais estranho que pareça, ser capturado pode ser sua melhor chance de sobrevivência. Observando-o através da grade de aço, ele não parecia errático ou com medo. Na verdade, ele parecia confuso, tentando entender um mundo mudando mais rápido do que ele pode evoluir naturalmente. Seu reflexo o encara como se esperasse que ele existisse entre dois mundos: um onde ele é reverenciado como um símbolo de sabedoria e selvageria, e o outro onde ele é um incômodo na melhor das hipóteses e uma ameaça na pior. Esta armadilha de bueiro não é a mais séria que ele ou sua espécie enfrentarão. As armadilhas que colocamos em paisagens – estradas, atrativos não protegidos, nossa extensa pegada humana – representam ameaças muito maiores ao longo do tempo. A boa notícia é que eles realocaram este urso para um território longe dos humanos, onde ele terá outra chance de prosperar”

“Uma jovem raposa e rara do deserto explora a lente de uma câmera, mordendo-a, curiosa sobre o objeto e do que ele é feito.”

“Esta imagem extraordinária captura a dança harmoniosa de uma majestosa baleia-jubarte nadando graciosamente ao lado de um grupo brincalhão de golfinhos. Ao contemplar este espetáculo de tirar o fôlego de cima, você será transportado para um reino onde duas espécies, cada uma com sua graça e poder únicos, se unem em perfeita sincronia. É um testamento da beleza do mundo natural e da magia que se desenrola quando diferentes seres se unem em uma dança da vida.”

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Foto de abertura: Christopher Paetkau