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Carlos Burle, surfista brasileiro e bicampeão mundial, dá voz à onda na campanha premiada ‘A Natureza está Falando’

O surfista pernambucano Carlos Burle é bicampeão mundial de ondas gigantes e, por isso, foi convidado pela Conservação Internacional (CI-Brasil) para dar voz à Onda no 13º vídeo da série A Natureza está Falando.

Lançada no Brasil em 2015, antes de Burle, essa série já havia reunido 12 personalidades de prestígio em sua áreas como Lenine (O Céu), Thiago Lacerda (A Montanha), Maria Bethânia (A Mãe Natureza), Rodrigo Santoro (O Oceano), Juliana Paes (A Flor), Pedro Bial (A Floresta), Max Fercondini (O Recife de Coral), Maitê Proença (A Água), Gilberto Gil (O Solo), Camila Pitanga (A Amazônia), Vanessa Lóes (O Lar) e Zeca Camargo (O Gelo).

Dirigido pelo respeitado cineasta de surf Taylor Steele, ‘A Onda’ foi lançado no Vivo Rio Pro 2023, etapa brasileira do campeonato mundial da World Surf League (WSL), realizada na Praia de Itaúna, em Saquarema, litoral do Rio de Janeiro, de 23/6 a 1/7. Na ocasião, Burle declarou:

“A onda, expressão das emoções mais profundas da natureza, reflete na sua potência máxima um recado em forma de metáfora da nossa própria vida. Cabe a nós, surfistas de alma, transmitir e viver a essência dessa mensagem, entendendo a conexão com os oceanos e preservando-os. Para que o mundo viva em harmonia, precisamos entender que somos a natureza, somos oceano”.

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Foto: World Surf League/divulgação

No novo filme da CI, Burle fala em nome de uma onda sobre os impactos humanos em sua existência:

Onda. Eu sou a onda, filha querida da água e do vento, do sol e da lua. Eu movo energia, nutrientes, vida. Eu movo você. Eu capturei sua imaginação desde o início dos tempos. Você me venera e persegue. Eu sou o símbolo de algo selvagem que existe em você. Mas, ultimamente, sou eu que me sinto selvagem. Engasgada com seu lixo, super aquecida pela sua poluição. Isso me deixa doente e eu perco o controle” (leia a narração inteira e assista ao vídeo no final deste post).

Surf, aliado da conservação

Nada mais propício do que enfatizar os cuidados com as águas do planeta – agora, na posição das ondas – já que estamos na Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável ou Década do Oceano, definida pela ONU a partir de 2021.

Os cientistas têm nos alertado para a urgência da proteção de 30% dos oceanos do planeta até 2030. Pelo menos. No entanto, segundo a CI, “o movimento para a criação de áreas marinhas protegidas ainda está abaixo do que precisa ser feito para evitar os impactos mais dramáticos da crise climática“. E a organização destaca:

“Os oceanos são a origem e o motor de toda a vida na Terra, mas o lixo, a crise climática e sobrepesca estão levando a um aumento sem precedentes do nível do mar, ao aquecimento das águas e à perda da biodiversidade.

No mundo, há milhares de locais onde a prática de surf coincide com ecossistemas marinhos e costeiros fantásticos e biologicamente diversos. Como o esporte depende de ambientes limpos e saudáveis, em geral, os atletas estão atentos e conectados à conservação, protagonizando ações que também favorecem os meios de subsistência das comunidades locais.

Por isso, a Conservação Internacional se uniu ao Instituto Aprender Ecologia para lançar o projeto Ecossistemas de Surf Brasil, que apoia o Programa Brasileiro de Reservas de Surf (PBRS) na criação de uma rede de reservas de surf na costa brasileira com o intuito de conservar os ecossistemas marinhos, garantindo, gerando, ao mesmo tempo, renda para as pessoas que ali vivem.

A parceria entre CI-Brasil e o instituto recebeu recursos da WSL One Ocean (campanha da World Surf League pela proteção de 30% dos oceanos até 2030, com o intuito de criar um movimento global pela sua preservação) para desenvolver, de 21 a 25 de junho, durante a etapa brasileira do campeonato, ações de conservação costeira e marinha e de conscientização, tais como:

  • limpeza e plantio de mudas de mangue na Lagoa de Saquarema (esses ecossistemas são fundamentais para garantir as ondas da praia de Itaúna);
  • implementação de piloto de barreiras de fluxo para combater a poluição da água;
  • atividades educativas com alunos de escola municipal local a respeito da importância da lagoa e dos ecossistemas locais para a preservação da arrebentação reconhecida mundialmente; e
  • a primeira reunião do Conselho Estratégico do Programa Brasileiro de Reservas de Surf, do qual falei acima.

O recado da Onda

Eis a declaração da Onda, na íntegra:

“Onda. Eu sou a onda, filha querida da água e do vento, do sol e da lua. Eu movo energia, nutrientes, vida. Eu movo você. Eu capturei sua imaginação desde o início dos tempos. Você me venera e persegue.

Eu sou o símbolo de algo selvagem que existe em você. Mas, ultimamente, sou eu que me sinto selvagem. Engasgada com seu lixo, super aquecida pela sua poluição. Isso me deixa doente e eu perco o controle.

Você não sabe que sou capaz de te destruir? O que você acha que eu posso fazer com as suas correntes, seu litoral, seu clima? O que eu peço é simples: para de destruir as florestas que mantém minhas águas limpas, pare de encher a atmosfera com gás carbônico e guarde seu plástico com você.

Colabore comigo agora antes que seja tarde demais. Eu vou continuar vindo. Eu sou a onda”.  

A seguir, assista ao vídeo “protagonizado” por Carlos Burle:

Foto: WSL/divulgação

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