Há cerca de um mês, a equipe de tratadores do Projeto Mucky foi surpreendida com mais um filhote da família de bugios-ruivos, protegida pela instituição. Cada nascimento é uma alegria!
E, para ter certeza de que tudo estava bem com a mamãe Valentina e seu bebê, ambos foram tirados do recinto em que vivem e levados para a enfermaria para exames.
O pequeno bugio foi pesado, analisado nos mínimos detalhes e os veterinários descobriram que “é uma menina!”.
Logo que souberam o gênero da bugio, os integrantes da equipe trataram de escolher um nome para batizá-la. Foram tantas as sugestões bacanas, que eles decidiram pedir a ajuda de seus seguidores no Instagram e no Facebook para escolher o nome: Cajuína, Pitaia ou Moana?
Os organizadores ainda não decidiram até quando vai a votação, então, se você quer participar, corre lá! E aproveite para saber qual o nome mais cotado nas duas redes. Eu já votei.
Um pouco da história
O Projeto Mucky surgiu de uma história muito comovente. Há 37 anos, um sagui macho de tufo-preto, com o rabo pelado, muito desnutrido e machucado e com uma corda amarrada à cintura, foi entregue à Lívia Maria Botár por um homem que não o quis mais. Que sorte a do sagui!
Na época, Lívia era produtora gráfica e não tinha qualquer envolvimento com causas ambientais ou em favor dos animais, mas acolheu o sagui maltratado – batizando-o de Mucky (foto ao lado) – e se dedicou ao seu restabelecimento.
Mucky passou por diversas cirurgias e cuidados intensivos e inspirou Lívia a criar um projeto conservacionista, que a transformou em uma das maiores especialistas primatas do país, segundo o site da instituição.
Após muitas pesquisas e intercâmbios com especialistas, ela desenvolveu sua metodologia e criou uma instituição mantenedora de fauna que recebeu o nome de seu primeiro sagui.
Em 1996, registrada no Ibama, o Mucky foi instalado em uma área rural de Jundiaí, interior de São Paulo. E, hoje, em sede própria, ocupa uma área de 20 mil m2 em Itu, com 103 viveiros que abrigam cerca de 260 primatas de espécies variadas, como saguis, sauás, micos de cheiro e bugios, que recebem cuidado, abrigo e atendimento médico ininterrupto.
O projeto socorre, recupera, mantém, pesquisa, orienta e acompanha a reprodução de espécies em risco de extinção, sob supervisão da Secretaria Estadual do Meio Ambiente. “E, mesmo considerando as incertezas de sucesso, trabalha para tornar possível a reintegração de primatas à natureza”, indica seu site.
Os animais chegam à instituição desnutridos, cegos, com membros fraturados ou amputados ou com graves problemas de locomoção devido a maus tratos, principalmente em decorrência de sua manutenção como animais domésticos. Por isso, mantém projeto de educação ambiental para disseminar conhecimento a respeito do tráfico e comércio de animais silvestres.
No Mucky, os animais encontram abrigo e recebem tratamento médico ininterrupto, que pode ser alopático ou homeopático. A instituição ainda oferece fisioterapia e tratamentos alternativos que incluem acupuntura, hidroterapia, terapia de florais, cromoterapia e musicoterapia. Em seu site, a instituição destaca que, na maioria dos casos, a adoção dessas terapias leva à recuperação mais rápida e eficiente.
Assim que se recuperam, os animais são transferidos para os viveiros construídos de forma a reproduzir o ambiente natural em que viviam, que inclui indivíduos de sua espécie.
Doação e apadrinhamento
Para manter esse trabalho tão importante, periodicamente o Projeto Mucky faz campanhas de arrecadação nas redes sociais.
No site, a organização também mantém uma campanha de apadrinhamento por meio da qual o interessado se compromete a doar um valor mensal por um período determinado.
E ainda há outras formas de apoiar o projeto como pessoa física, jurídica, por meio de nota fiscal paulista ou, ainda, como ecovoluntário, veja aqui.
Foto: reprodução do Instagram