É o que revela o Índice de Vulnerabilidade à Mudança Climática, publicado todos os anos pelo escritório de consultoria de riscos globais Verisk Maplecroft. As principais causas para esse diagnóstico são o aumento da população e as infraestruturas medíocres adotadas por governos e empresas e que não protegerão a população de catástrofes e do clima muito quente.
Para embasar a questão populacional, basta recorrer a um dado da ONU, que indica que, das 100 cidades com maior crescimento demográfico no mundo, 86 estão na África.
O relatório também avalia as cidades com maior risco à catástrofes, desastres naturais, conflitos. Três cidades africana estão no topo desse ranking. São elas: a capital centro-africana Bangui, Moróvia (capital da Libéria) e Mbuji-Mayi, na República Democrática do Congo.
A capacidade de resistir aos choques climáticos também é um ponto importante no novo Índice. Entre as dez primeiras cidades mais vulneráveis, estão oito africanas.
Nova Délhi, Bombaim, México e Carachi – que são algumas das cidades mais povoadas do planeta – estão classificadas no estudo como de “risco elevado”, ou seja, nas quais suas economias e populações podem ser afetadas negativamente.
Entre as de menor risco, três cidades britânicas: Glasgow, Belfast e Edimburgo. E claro que o relatório aponta também as que não representam risco: as francesas Rennes e Rouen e a alemã Hanover estão entre as dez mais bem classificadas no ranking.
Como funciona o Índice
Divulgado anualmente pela empresa de consultoria de riscos globais Maplecroft, oferece a corporações informações essenciais para que conheçam áreas de risco para suas operações, cadeias de suprimento e investimentos.
O índice leva em conta 42 fatores sociais, econômicos e ambientais para avaliar as vulnerabilidades de cada local, que incluem: exposição a desastres naturais relacionados ao clima e aumento do nível do mar; sensibilidade humana, em termos de padrões populacionais, desenvolvimento, recursos naturais, dependência agrícola e conflitos; em terceiro lugar, o índice avalia a vulnerabilidade futura, considerando a capacidade de adaptação do governo de um país e a infraestrutura para combater as mudanças climáticas.
Com informações do Estadão e Verisk Maplecroft
Foto: Ben White/Unsplash