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Wisdom, considerada a albatroz mais velha do mundo, retorna mais uma vez a seu ninho para gerar um novo filhote

Wisdom, considerada a albatroz mais velha do mundo, retorna mais uma vez a seu ninho para gerar um novo filhote

Já contamos a história de Wisdom aqui, no Conexão Planeta, em 2016 e 2018. A albatroz da espécie Laysan (Phoebastria immutabilis) foi vista pela primeira vez em 1956 pelo biólogo Chandler Robbins e desde então, passou a ser acompanhada pela equipe do U.S. Fish & Wildlife Service, que colocou um anel de monitoramento em sua pata. Nas últimas sete décadas, no início do inverno, Wisdom volta ao Atol de Midway, uma reserva de proteção marinha, no Oceano Pacífico, lugar onde nasceu.

E ano a ano, juntamente com seu companheiro Akeakamai, Wisdom se reproduz no atol. Agora em 2020, a albatroz foi vista pela primeira em seu ninho no dia 29 de novembro.

“Wisdom e seu companheiro estão se revezando na incubação de seu mais novo ovo”, revela Keely Lopez, gerente interina do Refúgio Atol de Midway. “Seu retorno e de todos os albatrozes que vivem ali é uma grande inspiração a cada ano”.

Akeakamai e Wisdom se encontram em Midway Atoll para botar e chocar um ovo quase todos os anos, desde 2006. Os biólogos acreditam que ela já tenha colocado entre 30 a 36 ovos. Em 2017, o filhote que ela criou em 2001 foi observado, a poucos metros de seu ninho original.

Wisdom, considerada a albatroz mais velha do mundo, retorna mais uma vez a seu ninho para gerar um novo filhote

Estima-se que Wisdom, que na tradução para o português significa “Sabedoria”, tenha pelo menos 69 anos. Ela é considerada a albatroz mais longeva conhecida pela ciência.

Durante muito tempo, foi o próprio Robbins que a reconheceu… Até 2017, quando ele faleceu aos 99 anos.

Geralmente aves desta espécie não costumam se reproduzir todos os anos, isto porque, como passam a maior parte de sua vida voando (quase 90% dela), precisam investir tempo e energia trocando suas penas para ganhar força, explicam os biólogos da reserva de proteção.

História de sucesso

Na reserva nacional de vida selvagem do Atol de Midway, que fica situada dentro do Monumento Nacional Marinho de Papahānaumokuākea, no Havaí, está a maior colônia de albatrozes do mundo, habitat de cerca de 70% das aves da espécie de Laysan e quase 40% da Phoebastria nigripes, conhecido como albatroz-de-pés-negros ou albatroz-patinegro.

Eles chegam na região em meados de outubro e novembro. São milhares na ilha. Em dezembro de 2015, os voluntários do centro de pesquisa contaram 470 mil ninhos das aves no local. Como cada ninho representa duas aves – fêmea e macho -, isso significa que a população na época era de 940 mil indivíduos.

Wisdom, considerada a albatroz mais velha do mundo, retorna mais uma vez a seu ninho para gerar um novo filhote

Wisdom chocando novo ovo

O sucesso do reconhecimento e monitoramento de aves como Wisdom se deve ao material que está sendo usado para confeccionar os anéis de idenficação. No passado, eles eram feitos com alumínio, que acaba sendo corroído pela maresia e água do mar. Agora é utilizado plástico, que dura anos.

“A cada ano que Wisdom retorna, ela está reescrevendo o que sabemos sobre a longevidade dos albatrozes e inspirando a próxima geração”, afirma Jared Underwood, superintendente do U.S. Fish and Wildlife Service Monument. “Wisdom nos ajuda a entender melhor por quanto tempo essas aves vivem e com que frequência elas se reproduzem. Este conhecimento guia nossas ações de conservação para garantir um futuro para os albatrozes que dependem do atol”.

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Fotos: Jon Brack/Friends of Midway Atoll NWR

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