*Texto em atualização constante para a inclusão sobre novas informações da tragédia em Petrópolis
Em seis horas choveu na cidade serrana de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, a média esperada para o mês inteiro de fevereiro. O resultado foi uma tragédia sem precedentes. A lama trazida pelo deslizamentos de morros soterrou casas, provocou enxurradas pelas ruas e foi levando tudo o que encontrava pela frente. Carros foram carregados pela água e acabaram dentro de córregos e até, em cima, de postes. E até este momento, as vítimas já passam de 100, entre elas, várias crianças. Mas infelizmente, acredita-se que o número de mortos possa ser ainda maior.
Segundo a Defesa Civil de Petrópolis, ainda não se sabe exatamente quantos são os desaparecidos. Ao lado dos bombeiros e equipes das corporações do Rio de Janeiro que já foram para o local, homens trabalham sem parar para encontrar pessoas que ainda possam estar vivas sob a lama. Todavia, muitas bairros ainda estão sem acesso. Uma das áreas mais atingidas é a localidade Alto da Serra. Estima-se que ao menos 80 casas foram destruídas em deslizamentos de terra no Morro da Oficina.
Os moradores da cidade estão sem luz e sem água. Em muitas regiões, os telefones celulares não funcionam também.
A prefeitura de Petrópolis declarou estado de calamidade pública
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram um cenário de guerra. O Centro Histórico de Petrópolis e a famosa rua Teresa estão cobertos por lama.
Carro de cabeça pra baixo, em meio a um córrego
Um dos vídeos mais impressionantes foi feito pela blogueira Beatriz Foster, de 18 anos, que gravou um mar de água varrendo a rua em frente à casa dela, um carro sendo levado e a hora em que parte do Morro da Oficina vem abaixo.
Jovem registra momento de tensão com chuvas fortíssimas em #Petropolis #chuvarj pic.twitter.com/EuftxR43lk
— Minuto Info (@MinutoInfo1) February 16, 2022
Como ajudar a população de Petrópolis: veja onde fazer doações
Rio de Janeiro
O Governo do Rio de Janeiro e o RioSolidario começaram uma campanha para arrecadar insumos básicos para as vítimas das chuvas em Petrópolis. Os principais itens que são necessários no momento são:
– Materiais de higiene e limpeza;
– Roupas, calçados, toalhas e cobertores;
– Água mineral e copos descartáveis;
– Utensílios domésticos.
As doações devem ser entregues na Travessa Euricles de Matos, 17, no bairro de Laranjeiras, na zona Sul do Rio.
Todos os Batalhões da Polícia Militar e as bases do Segurança Presente também estão reunindo donativos, além das unidades da Faetec, do Cecierj, do Cederj e as escolas da Rede Ceja. A Águas do Rio e a Prolagos, concessionárias de serviços de saneamento, também receberão doações em suas 46 lojas em todo o Rio de Janeiro.
Petrópolis
Já em Petrópolis, é possível fazer doações nos seguintes lugares:
- Centro de Cultura de Pedro do Rio
- Centro de Defesa de Direitos Humanos, no Centro
- Centro de Defesa dos Direitos Humanos: Rua Monsenhor Barcelar 400, Centro
- Igreja Batista Atitude: Rua Quissamã 777
- Igreja Católica de São Francisco de Assis: Rua João Xavier, Moinho Preto
- Igreja Lagoinha, no Quitandinha
- Igreja Metodista Central, na subida da Rua Teresa
- Igreja Missões Evangelística Vinde Amados Meus: Rua Bernardo de Vasconcelos 604 , Cascatinha.
- Igreja Semeando Avivamento: Rua Dr. Thouzet 10, Quitandinha
- OAB: Rua Marechal Deodoro 229, sobreloja, Centro
- Pronto Socorro do Alto da Serra: Rua Teresa 1.839, Alto da Serra
- Shopping Tarrafas, em Itaipava
Crise climática: desastres cada vez mais frequentes e intensos
Assim como outros desastres naturais que têm acontecido no mundo todo, especialistas que estudam a crise climática são unânimes em afirmar que esse tipo de catástrofe está diretamente relacionado com o aquecimento global, que torna os chamados extremos climáticos (secas, incêndios, furacões e tempestades) mais fortes e frequentes ano a ano.
Petrópolis vive agora uma nova tragédia. Ela acontece onze anos depois que a região serrana do Rio de Janeiro enfrentou outra catástrofe. Naquele ano, em 2011, mais de 900 pessoas morreram em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo, todas vítimas dos deslizamos de terra causados pela chuva.
Fotos: reprodução vídeos G1 e redes sociais