Oito anos depois de um dos maiores crimes ambientais do Brasil, dezenas de vítimas continuam sem casa em Bento Rodrigues

Quase 60 pessoas morreram sem ver o distrito ser reconstruído em Mariana. A lama que escorreu após o rompimento da barragem da mineradora da Samarco causou danos em dezenas de outros municípios mineiros e capixabas, situados ao longo da Bacia do Rio Doce

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Campanha mostra histórias daqueles que perderam tudo com crime da Samarco e ainda esperam justiça

“Demorei 15 anos para construir minha casa. Ela foi embora em 15 minutos”, diz Carlindo Arlindo, que morava em Bento Rodrigues. Intitulada “Revida Mariana”, campanha quer dar voz às vítimas, quase oito anos após tragédia, um dos maiores crimes ambientais do Brasil

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Quase oito anos depois, Rio Doce ainda sofre com impactos do rompimento da barragem da Samarco em Mariana

Novo relatório aponta uma lista de 295 impactos ainda presentes, como redução de peixes, aumento de espécies invasoras e alteração da biota do rio. “A foz do rio também foi bastante alterada. A área lamosa aumentou muito. Os demais manguezais, socialmente tão importantes, estão muito contaminados. O impacto social é tão grande ou maior que o ambiental”, denuncia pesquisador envolvido na análise

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Cinco anos depois do desastre, a água da Bacia do Rio Doce ainda não foi recuperada

Em torno de 1,6 milhão de pessoas sofreram o impacto inicial do desastre, mas o total de pessoas afetadas segue desconhecido. Relatos de complicações de saúde relacionadas a metais pesados continuam frequentes. De acordo com moradores, a pesca e as plantações continuam envenenadas e menos produtivas

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O crime da Samarco, em Mariana, é o primeiro crime ambiental classificado como ‘violação dos direitos humanos’

Isto é inédito, desde que o Conselho Nacional de Direitos Humanos foi criado, em 2014. A decisão pode ajudar a pressionar a Justiça e servir de base para representações contra o Brasil em tribunais internacionais, com possíveis sanções diplomáticas e econômicas. Também pode influenciar o processo movido na Inglaterra, em novembro de 2018

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Corais de Abrolhos sofreram impacto de metais pesados da lama da Samarco (Vale)

Segundo equipe da UERJ, responsável por estudo, o dano é irreparável, devido à extensão atingida. Agora cientistas farão monitoramento para descobrir qual vai ser a resposta biológica dos corais à contaminação

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Samarco oferece indenização para prefeituras que desistirem do processo movido na Inglaterra

Poucos dias depois de moradores, indígenas, empresas e governos municipais entrarem na justiça britânica contra a BHP Billiton – uma de suas controladoras -, empresa adota estratégia para tentar enfraquecer ou anular ação no exterior

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Rio Doce: a lição não aprendida

Três anos após o crime da Samarco, pouco mudou no país para fazer deste desastre um marco para o aprofundamento da proteção ambiental

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BHP Billiton, sócia da Vale na mineradora Samarco, é processada na Inglaterra por tragédia do Rio Doce

Ação coletiva de vítimas do maior crime ambiental do Brasil reivindica uma das maiores reparações financeiras já solicitadas ao tribunal de Liverpool: cerca de 25 bilhões de reais

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Três anos de lama e luta

Os atingidos pela onda de lama da mineradora Samarco ainda lutam por seus direitos e pouco foi feito para a recuperação da biodiversidade ao longo da bacia do rio Doce

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