Snoopy Rodrigues: um lutador dentro e fora do ringue

Snoopy Rodrigues

Durante 17 anos, José Luiz Rodrigues foi lutador de boxe. Começou numa praça de esportes em Curitiba e quatro meses depois, já estava no ringue para a primeira luta. Potencial ele tinha. Foi crescendo como amador até conquistar o primeiro título brasileiro, já conhecido como Snoopy Rodrigues.

Daí para a profissionalização foi rápido. E também rápido viria o título brasileiro profissional. O problema é que na época (começo da década de 90), o boxe não tinha o glamour de hoje, muito menos a estrutura atual. Cabia ao próprio lutador arrumar espaço para treinar, procurar lutas, negociar valores. Nem sempre era uma tarefa fácil e consumia tempo do atleta.

Foi por esta razão que logo depois do título, Snoopy aceitou um convite para ir morar em Las Vegas. Lá lutou pouco, mas trabalhou bastante treinando outros lutadores. Não fosse a barreira da língua, a saudade do Brasil e do jeito de ser dos brasileiros, ele teria ficado por lá. Mas depois de três anos voltou, e aqui começou a treinar com nomes importantes das artes marciais, como Anderson Silva e Maurício Shogun.

Hoje Snoopy continua no ringue, agora tocando o projeto social Magia do Boxe, num bairro pobre de Curitiba. Ele conta que muitas crianças e adolescentes se interessam pelas lutas, graças aos campeões que o Brasil produziu: “O boxe e artes marciais são hoje o que o futebol já foi no passado”, diz ele.

O projeto existe há 3 anos, ocupa o tempo livre de 50 crianças e já começa a revelar talentos. Veja a seguir a entrevista completa com Snoopy:


Foto: arquivo pessoal

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Herivelto Oliveira

Jornalista há 30 anos, é formado em Comunicação Social na Universidade Federal do Paraná. Em 1986, começou a carreira em televisão, primeiro como repórter e mais tarde, editor e apresentador. Trabalhou nas Redes Globo e Record. Em 2015, montou sua própria empresa, a Sobrequasetudo Comunicação e Arte, especializada em media training. Em 2017, criou o Brasil de Cor, um canal para dar oportunidade e visibilidade a negros brasileiros