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Sem nem abrir os olhos ainda, filhote de mão-pelada perdeu a mãe e precisou ser resgatada em Santa Catarina

Sem nem abrir os olhos ainda, filhote de mão-pelada perdeu a mãe e precisou ser resgatada em Santa Catarina

Suri acabou de chegar e já conquistou o coração de todos. A pequena filhote de mão-pelada, que nem abriu os olhos ainda, pesa pouco mais de 450 gramas e com estimados 15 dias de vida, precisa de cuidados constantes. Está recebendo um leite com suplementos, elaborado especialmente para filhotes de animais. Seu nome foi escolhido porque ela parece um suricato, um pequeno mamífero da África.

Após resgatada, a fêmea foi encaminhada ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) -SC – cogerido pelo Instituto Espaço Silvestre e pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina. Orfã, perdeu a mãe. Ela pertence à espécie Procyon cancrivorus, única representante dos guaxinins no Brasil. Os mão-pelada, que também são chamados de cachorrinho-guaxinim, cachorrodo-mato-guaxinim ou meia-noite, podem ser encontrados em todos os biomas do país.

O filhote está com a equipe do Espaço Silvestre há pouco mais de uma semana. Logo na chegada passou por uma bateria de exames que mostraram que ele estava bem de saúde, e neste período já ganhou peso. O objetivo final é que ele se desenvolva e fique forte, para que no futuro, possa ser solto novamente na natureza.

“Não sabemos ainda a idade aproximada para que se possa fazer a soltura na vida selvagem. Isso vai depender muito de desenvolvimento dela. Ela precisará atender a certos critérios sanitários e comportamentais antes desse próximo passo”, explica a bióloga Vanessa Kanaan, diretora técnica do Instituto Espaço Silvestre, e responsável por alimentar e estimular a filhote. “O exato momento que ela poderá ser solta na natureza vai depender de quando ela conseguirá se virar sozinha, se locomover, se alimentar, se proteger de predadores”.

Vanessa estima que esse processo pode levar alguns meses e até, mais de um ano. No momento, ela revela que os maiores desafios são os cuidados dia e noite com a pequena Suri. “Preciso estar sempre pronta e preparada para dar o que ela precisa. E conforme o processo segue, outros desafios irão surgir, como por exemplo, criar um ambiente mais complexo para ela interagir”.

Espécie principalmente solitária, noturna e terrestre, em geral o mão-pelada vive perto de fontes de água, como banhados, rios, manguezais, praias, baías e lagoas, mas também pode ser observado em habitats não-aquáticos em determinadas épocas do ano.

Sem nem abrir os olhos ainda, filhote de mão-pelada perdeu a mãe e precisou ser resgatada em Santa Catarina

A pequena Suri, que atualmente cabe na palma de uma mão

Esses animais são onívoros. Sua dieta inclui frutos, moluscos, artrópodes, peixes, anfíbios, répteis, pequenos mamíferos e aves. Em regiões de mangues, os crustáceos são sua principal fonte de alimento.

Agora a gente fica na torcida aqui para que a linda Suri cresça forte e saudável para ser devolvida à natureza em breve!

Sem nem abrir os olhos ainda, filhote de mão-pelada perdeu a mãe e precisou ser resgatada em Santa Catarina

Um mão-pelada adulto

*Com informações adicionais do ICMBio

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Fotos:  Divulgação/Espaço Silvestre e wikimedia images (mão-pelada adulto)

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Sandra
Sandra
2 anos atrás

Ficar órfão é sempre muito triste mas anjos humanos sabem ser pais e mães de bebês carentes, tanto quanto de animais adultos traumatizados, idosos e doentes, todos bebes também.

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