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Seleções feminina e masculina de futebol dos Estados Unidos ganharão salários e bônus iguais em todas as competições

Seleções feminina e masculina de futebol dos Estados Unidos ganharão salários e bônus iguais em todas as competições

“Quando nós vencemos, todos vencem. Palavras não conseguem definir meu orgulho”. Foi desta maneira que uma das mais famosas atletas de futebol dos Estados Unidos, a atacante Megan Rapinoe, eleita melhor jogadora do mundo pela FIFA, em 2019, celebrou a vitória conquistada pelo seleção americana feminina após um acordo histórico.

Em 2019, todas as 28 jogadoras da seleção final entraram com uma ação civil por discriminação contra a US Soccer Federation (USSF), a Federação de Futebol dos Estados Unidos. Elas reivindicavam salários e condições de trabalhos iguais aos dos atletas do sexo masculino. Três anos antes, outras cinco profissionais já tinham questionado, na justiça, a questão. Na época elas relataram que recebiam a metade do valor pago aos jogadores homens.

Vale lembrar que as americanas já foram as vencedoras de quatro Copas do Mundo de Futebol e levaram o ouro em quatro Jogos Olímpicos. Enquanto isso, a seleção masculina americana nunca conseguiu nenhum desses títulos internacionais.

No processo, aberto em 2019 no Tribunal Distrital dos Estados Unidos em Los Angeles, os advogados das atletas ressaltaram: “Apesar do fato de que esses jogadores femininos e masculinos são chamados a desempenhar as mesmas responsabilidades de trabalho em suas equipes e participar de competições internacionais para seu único empregador comum, o USSF, as jogadoras têm recebido consistentemente menos dinheiro do que seus colegas homens, embora seu desempenho tenha sido superior ao dos jogadores do sexo masculino, com as jogadoras, em contraste aos jogadores do sexo masculino, se tornando campeãs do mundo”.

E esta semana foi anunciado que a USSF e a United States Women’s National Team (USWNT) entraram em um acordo e a partir de agora, as jogadoras receberão os mesmos salários e bônus do que os homens em todas as competições que participarem, incluindo, campeonatos mundiais.

Além disso, a USSF pagará US$ 24 milhões relativos à ação judicial.

“É um dia histórico para nós! Foram anos e anos de luta pela igualdade dentro do nosso esporte. Hoje conseguimos isso com o US Soccer!”, celebrou a atacante Alex Morgan.

Em 2019, a brasileira Marta também usou sua popularidade para falar sobre o mesmo problema que acontece em nosso país: ela adotou o símbolo da campanha ‘Go Equal’ em suas chuteiras por igualdade de gênero no esporte.

Infelizmente, a discriminação salarial por gênero não acontece apenas dentro das quadras. Segundo o ranking internacional, o The Global Gender Gap Index 2020do Fórum Econômico Mundial, que analisou os benefícios recebidos por homens e mulheres que ocupavam o mesmo cargo em 154 países, o Brasil aparece lá no fim, na 92a posição (no topo estão nações escandinavas: Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia).

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e homens têm direitos trabalhistas iguais em apenas seis países do mundo… E o Brasil não é um deles!

Foto: USS Socer

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