Quase 60% das infecções de COVID são provocadas por pessoas sem sintomas, alerta novo estudo

Quase 60% das infecções de COVID são provocadas por pessoas sem sintomas, alerta novo estudo

Um novo artigo científico publicado há poucos dias por pesquisadores do Centro para a Prevenção e o Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) afirma que aproximadamente 59% de todas as transmissões da COVID-19 são a partir de pessoas assintomáticas: 35% de indivíduos pré-sintomáticos e 24% que nunca apresentam sintomas.

Ou seja, os cientistas estimam que pelo menos 50% das novas infecções por SARS-CoV-2 tenham se originado da exposição a indivíduos com infecção, mas sem sintomas. Esse número só reforça ainda mais a recomendação de especialistas sobre a necessidade do uso das máscaras de proteção e do distanciamento social. Exatamente o contrário daquilo que foi visto no final de semana passado nas praias do Rio de Janeiro…

O objetivo do estudo divulgado na publicação JAMA Network era analisar a proporção de transmissões do novo coronavírus. De acordo com os modelos usados pelos pesquisadores, 30% das pessoas contaminadas pela COVID-19 nunca desenvolvem sintomas, todavia são 75% tão infecciosas quanto aquelas que desenvolvem a doença.

“Além da identificação e isolamento de pessoas com COVID-19 com sintomas, o controle eficaz da disseminação exigirá a redução do risco de transmissão de pessoas com infecção que não apresentam sintomas. Essas descobertas sugerem que medidas como uso de máscaras, higiene das mãos, distanciamento social e testes estratégicos de pessoas que não estão doentes serão fundamentais para desacelerar a disseminação do coronavírus até que vacinas seguras e eficazes estejam disponíveis e amplamente utilizadas”, ressaltam os pesquisadores.

De acordo com o levantamento feito pela Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, a pandemia da COVID-19 já matou mais de 1,9 milhão de pessoas no mundo inteiro e contaminou outras 90 milhões. No Brasil, o número de mortos passa de 200 mil e os casos positivos somam mais de 8 milhões.

Nas últimas semanas, os números subiram muito em vários países e as autoridades alertam que tanto nos lugares onde a vacinação já começou, como naqueles onde ainda não há data definida, como é o caso do Brasil, não é hora de baixar a guarda. O vírus continua circulando entre a população e há uma nova variante que especialistas acreditam ser ainda mais contagiosa.

Por isso, continue usando a máscara e evite aglomerações! Essas atitudes podem não apenas salvar a sua vida, mas das pessoas que você ama!

Leia também:
Pesquisadores brasileiros desenvolvem teste de COVID-19 a partir de levedura
Verdades e mitos sobre as vacinas contra a COVID-19

Profissionais de saúde, idosos e indígenas serão primeiros a receber vacina contra o coronavírus a ser aprovada no Brasil
Fundação de Bill Gates doa U$ 250 milhões para compra de testes, medicamentos e vacinas anti-COVID em países pobres
Nova Zelândia irá doar vacinas para nações vizinhas

Foto: Tomaz Silva/Agencia Brasil/Fotos Públicas

Um comentário em “Quase 60% das infecções de COVID são provocadas por pessoas sem sintomas, alerta novo estudo

  • 11 de janeiro de 2021 em 11:58 AM
    Permalink

    Assintomáticos são mais difíceis de se conviver com eles, restringindo sua liberdade em prol dos outros, uma vez que nem sempre, principalmente os mais jovens, estão a fim de ficar presos em casa, na suposta pretensão de que reunir-se com os amigos e beber com eles, continua sendo a melhor opção, na ótica deles, não importa que o mundo esteja explodindo em volta. Pena que essa obstinação à realidade científica comprovada e às estatísticas dos mortos indicando a gravidade da situação e o risco efetivo à saúde e à vida, esteja prejudicando os idosos e pessoas na faixa de risco onde esses jovens irresponsáveis residem e que, infelizmente, são os que morrerão por causa deles, não eles.

    Resposta

Deixe uma resposta

Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.