Jacinda Ardern, a primeira-ministra da Nova Zelândia, tornou-se praticamente uma unanimidade global. Ela é considerada um modelo como líder na maneira como tem administrado seu país (em outubro de 2020, foi reeleita para seu segundo mandato com total apoio dos neozelandeses). Logo no começo da pandemia, ordenou a imposição rápida de medidas rígidas de isolamento social, seguidas por seus 4,8 milhões de habitantes, e com isso, a nação teve apenas 26 mortes provocadas pela Covid-19.
Recentemente, em um ranking mundial sobre gestão da pandemia, a Nova Zelândia apareceu em primeiro lugar entre 98 países analisados (leia mais aqui). E em dezembro do ano passado, Jacinda Ardern apareceu na lista das dez pessoas mais influentes da Ciência da renomada publicação científica Nature.
Agora, a primeira-ministra acaba de ganhar uma homenagem inusitada. Uma nova espécie de grilo foi batizada com seu nome: Hemiandrus jacinda.
De acordo com o pesquisador e professor da Massey University, Steven Trewick, responsável pela descrição do inseto, ele é maior e mais colorido do que outras espécies da região de North Island, mas parece ser escasso e restrito ao remanescente habitat de mata nativa.
Segundo Trewick, um dos motivos para a homenagem se deve à cor avermelhada do grilo, que não voa, já que vermelho é o símbolo do Labour Party, o Partido Trabalhista, ao qual Jacinda é afiliada.
Já há outras 17 espécies descritas desse inseto, o wētā (na língua Maöri), endêmico da Nova Zelândia. Eles costumam ser encontrados em árvores e cavernas, geralmente em buracos, e durante a noite, saem em busca de alimento.
Apesar da descoberta e da homenagem, o pesquisador alerta que a nova espécie pode já estar ameaçada de extinção e destaca que por esta razão é importante protegê-la e conhecer mais sobre seu comportamento e habitat.
“Assim como a primeira-ministra, ela é muito importante para a Nova Zelândia”, diz.
Uma fêmea da espécie Hemiandrus jacinda mede cerca de 5 cm
Aqui no Brasil, no final do ano passado, também mostramos quando pesquisadores do Instituto de Biociências da Universidade Federal do Mato Grosso descobriram uma nova espécie de marsupial e decidiram homenagear a ambientalista e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com seu nome.
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Fotos: © Danilo Hegg/ reprodução artigo científico
