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Pra que momentos de pausa, férias…?

Cada semestre escolar é organizado para que as atividades cresçam em quantidade e intensidade, chegando ao final do período com uma aceleração tão grande que depois é preciso de um período de férias para que todos possam recuperar as energias. Por isso, hoje vamos convidar você a refletir sobre o significado das férias.

Podemos imaginar que os seres mais que humanos não têm férias, como os seres da natureza. As árvores e as plantas verdes em geral nunca param de fazer fotossíntese, mas a intensidade de seus metabolismos variam de acordo com a época do ano, mais lentas no inverno, mas ativas no verão. Muitos animais também têm metabolismo diferenciado de acordo com o período.

Todos os seres vivos recebem influência da lua, que marca os ciclos a cada 28 dias. Além das estações do ano e das fases da lua, existem as variações entre o dia e a noite. Todos os seres ficam mais ativos ou de dia ou de noite, de acordo com seu biorritmo. As plantas são sempre mais ativas durante o dia. Nas florestas tropicais, os animais são mais ativos à noite. Há sempre um balanço, um equilíbrio entre uma ação e seu contrário.

Nós humanos sofremos a influência de todos esses ciclos. Ninguém conseguiria ficar sem dormir, por exemplo. A cada 24 horas, precisamos de um bom período de descanso. Somos também fortemente marcados pelos ciclos da lua. As mulheres são particularmente mais sensíveis a eles. Nossa disposição e estados de humor também variam de acordo com as estações do ano.

Como ao longo de nossa história fomos inventando uma variedade enorme de jeitos de viver, uns mais próximos da natureza, como os povos originários, outros mais distantes, como nós, precisamos criar momentos de pausa para nos equilibrarmos diante das rotinas urbanas modernas. Vivemos numa sociedade em que o tempo do relógio conversa cada vez menos com o tempo da natureza. Cada vez mais a se fazer, cada vez mais a realizar, cada vez mais e mais. Seja de trabalho ou de estudos, ou de tantas outras atividades que enchem nossa agenda.

Por isso, as férias – ou momentos longos de pausa – precisam ser muito bem aproveitadas. Não somente para que possamos recarregar as baterias para enfrentar o próximo semestre, como principalmente para retomarmos o contato mais profundo com nós mesmos.

Num poema breve e divertido, a escritora Ruth Rocha escreveu assim: “Chegaram as férias, que bom que vai ser! Eu vou passear, pular e correr!“. Para isso, é imprescindível ficar sem agenda, sem programação, ficar livre no tempo e no espaço, fazendo coisas que gostamos de fazer, ou não fazendo nada, estando entre amigos ou sozinhos.

Esses momentos de pausa – que também podem ser de solitude – são fundamentais para que todos – adultos e crianças – possam se dar conta de quem são e da grandeza da experiência que a vida nos proporciona. 

Foto: Ana Carol Thomé

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