Parque Nacional do Iguaçu ganha não apenas um, mas dois novos filhotes de onça-pintada

Parque Nacional do Iguaçu ganha não um, mas dois novos filhotes de onça-pintada

Mais uma fêmea de onça-pintada monitorada pela equipe do Onças do Iguaçu revelou uma linda surpresa para as câmeras das armadilhas fotográficas instaladas no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná: dois filhotinhos! Eles devem ter entre sete e oito meses de idade e são filhos da Cacira.

Como sempre, o time do projeto vibrou com a descoberta e compartilhou toda a felicidade nas redes sociais:

“Prepare seu coração que vem lindeza! Filhooteees!!!! Dois!!!Para iluminar esse dia nublado, trazemos procês uma imagem que aquece coraçõezinhos, faz olhinhos brilharem, queixinhos tremerem e nossa equipe passar vergonha surtando nas redes sociais.É tanta emoção que chega a desalinhar os chakras!”.

Cacira já tinha tido dois outros dois filhotes, em 2019, a Angá e o Sapeca. Onças-pintadas podem ter de um a quatro filhotes por vez, sendo mais comum um ou dois. Depois do nascimento, eles ficam com a mãe por aproximadamente dois anos, quando então partem para buscar seu próprio território.

Não se sabe ainda o sexo dos dois novos moradores do Parque do Iguaçu. Assim que houver certeza, como se tornou tradição, o Onças do Iguaçu irá promover uma votação entre os internautas para a escolha de seus nomes.

Abaixo, o vídeo do registro, em que os animais aparecem caminhando ao lado de Cacira:

Em julho a gente tinha contado aqui no Conexão Planeta de outros dois filhotes flagrados no parque, mas na ocasião, sem a mãe (leia mais aqui).

Os biólogos do Onças do Iguaçu aproveitaram a postagem com as boas novas para explicar que a espécie vive cerca de 12 anos na natureza. Ou seja, apesar de tantos novos avistamentos de filhotes nos últimos meses, provavelmente alguns indivíduos mais velhos já devem ter morrido. E infelizmente, nem todas as oncinhas que nascem chegam a se tornar adultas.

A onça-pintada (Panthera onca), também chamada de jaguar, originalmente era encontrada desde o sudoeste dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Atualmente a espécie está oficialmente extinta no território americano, é muito rara no México, mas ainda pode ser vista na Argentina, Paraguai e Brasil, todavia, continua muito ameaçada pela caça ilegal, a perda de habitat e a fragmentação da mata, provocadas pelo desmatamento e a expansão urbana e agropecuária.

Além disso, esses animais obviamente morrem de causas naturais, como doenças e disputas por território.

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Foto: reprodução vídeo

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.