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Os primeiros (e preciosos) contatos com a natureza

Esta semana a mãe de um pequeno de três meses nos escreveu perguntando sobre as primeiras brincadeiras com a natureza. Queria saber o que ela poderia fazer para proporcionar essa experiência para seu bebê, nesta etapa de desenvolvimento? Sentimos que deveríamos aproveitar a oportunidade para compartilhar a resposta com você, leitor que nos acompanha. Esta é uma questão muito importante que, quem sabe, pode ajudar a incentivar mamães e papais a levar cada vez mais seus bebês para ocupar parques e praças das cidades.

Primeiro, é preciso considerar que o bebê é natureza. A criança é a natureza sendo humanizada. No caso do bebê humano, que nasce muito imaturo, o caminho a trilhar é o da aprendizagem. Os bebês de outras espécies de mamíferos, por exemplo, já nascem mais prontinhos, de pé, caminhando, com muito mais autonomia do que nós. Mas, assim como todos os que acabam de nascer, esse momento é a natureza se expressando naquela forma e daquela forma. Nossa imaturidade ao nascer exige que sejamos cuidados pela mãe e demais adultos que estiverem por perto, e por isso é que ficamos experts em aprender, observando, interagindo, sentindo o mundo ao nosso redor. Ser humano é poder aprender sem cessar!

Nos primeiros meses de vida, o bebê se sente como um ser presente no mundo, percebendo seu corpo nas interações mais imediatas. Os primeiros contatos com a natureza acontecem principalmente a partir do tato, com sua pele: nas diferentes temperaturas do ar e seus movimentos, nos primeiros banhos de sol, nos primeiros contatos com a água. Mas também a partir dos movimentos que consegue perceber visualmente, dos cheiros e de outras impressões.

Aos três meses (que é a idade do filho da moça que nos escreveu), já se pode levá-lo a parques e praças, escolher um local aconchegante, sombreado, estender um tecido no chão e deitá-lo para que curta o novo ambiente. O ideal é que o bebê sempre esteja em uma postura que consegue alcançar, manter e transformar sozinho. Explicamos melhor a seguir.

Se ele fica bem deitado, não o coloque sentado sem que ele tenha conquistado esta posição por si mesmo, através da exploração e do conhecimento dos seus movimentos, de seu equilíbrio, de seus apoios. Sobre uma superfície firme, ele consegue experimentar seu corpo e buscar novas posições. Isso também é perceber e pesquisar sua própria natureza. É a natureza tomando consciência de si própria!

Em praças e parques, deixe o olhar do bebê livre para explorar o entorno. Ele pode observar o movimento das árvores, pássaros voando, nuvens, o céu. Neste espaço, cuide do tom da voz dos adultos que o cercam. É imprescindível que falem baixo para que os sons da natureza possam chegar até ele sem distorções.

Agora que estamos entrando na primavera, posicione seu bebê debaixo de uma árvore bem florida e você verá que ele pode se encantar com a beleza desde muito pequeno.

Atividades sensoriais também são muito bem vindas e há muitas ideias divulgadas na internet. Esse tipo de atividade pode ser muito útil durante esta experiência com os bebês, também para crianças de outras idades e adultos. E se você cuidar para que seu bebê não perca a intimidade natural que tem com todos os outros seres não humanos, verá que ele vai crescer criando suas próprias brincadeiras e seus próprios diálogos e fantasias com a natureza ao seu redor. Afinal, estar aberto para sentir a natureza já não é um presente para todos os sentidos?

Foto: Ana Carol Thomé

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