Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

Quando criamos o Conexão Planeta, em 2015, tinhamos em mente um objetivo claro:

“Nossa missão é Inspirar para a Ação. Queremos que a cada texto lido, mais e mais brasileiros sejam estimulados a tomar parte deste grande movimento. Não estamos sozinhas! Milhões de pessoas no mundo todo têm ido às ruas para mostrar que desejam uma sociedade mais justa e igualitária. E há também aquelas que transformam o lugar onde vivem com pequenas ações, que se multiplicam. Estamos nos juntando a elas. Porque estamos todos conectados”.

Infelizmente, o jornalismo não é feito apenas de boas notícias. E o ano de 2019 foi particularmente difícil para o meio ambiente brasileiro. O desmatamento na Amazônia aumentou, assim como os incêndios florestais na região, o governo federal enfraqueceu os órgãos de proteção ambiental e segue uma política de menosprezo pelos povos indígenas e pelas organizações que lutam pela preservação da natureza e as mudanças climáticas mostram, a cada dia, seus efeitos devastadores sobre o planeta.

Mas, por outro lado, 2019 foi um ano em que muitos brasileiros, e especialmente, brasileiras, brilharam dentro e fora do país. Pesquisadores e cientistas que, graças a seu esforço, determinação e trabalho árduo, ganharam reconhecimento através de importantes prêmios.

Ao final deste ano, decidimos então relembrar quem são eles. Homenageá-los novamente. Brasileiros e brasileiras que conquistaram a nossa admiração e de nossos leitores. E são fontes de inspiração para todos nós.

Juliana Estradioto

Plástico feito com casca de maracujá garante o prêmio Jovem Cientista à estudante gaúcha

A gaúcha de 18 anos foi a primeira jovem cientista brasileira convidada a assistir a entrega do Prêmio Nobel, na Suécia. Juliana representou o Brasil entre os 25 jovens cientistas mais promissores do mundo. Ela já acumula diversos prêmios por suas pesquisas, a último delas, o desenvolvimento de um biomaterial para ser usado como curativo para peles queimadas (leia mais aqui).

João Vitor de Campos e Silva

Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

O biólogo paulista recebeu um prêmio internacional por um projeto para salvar o pirarucu na Amazônia. João foi um dos cinco ganhadores do Rolex Award for Enterprise 2019, premiação que apoia o trabalho de “indivíduos excepcionais, que têm a coragem e a convicção de enfrentar grandes desafios para tornar o mundo um lugar melhor” (saiba mais aqui).

Yara Barros

Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

A bióloga do Projeto Onças do Iguaçu ganhou um prêmio internacional pela conservação da fauna silvestre na América Latina. Yara foi a vencedora do Ron Magill Conservation Heroes Award, que reconhece a contribuição excepcional de profissionais e projetos à preservação da vida selvagem (leia reportagem completa neste outro post).

Fernanda Abra

Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

A bióloga ganhou um prêmio internacional pelo trabalho de proteção à fauna nas rodovias brasileiras. Por sua luta para reduzir atropelamentos e mortes de espécies de mamíferos brasileiros nas estradas, Fernanda foi escolhida uma das três vencedores do prêmio Future for Nature, que apoia jovens conservacionistas (leia mais aqui).

Maria Terossi Pennachin

Estudante que criou canudo biodegradável e comestível com inhame é convidada a representar Brasil em feira internacional de Ciências

A estudante, de 16 anos, que criou um canudo biodegradável e comestível com inhame foi convidada a representar Brasil em uma feira internacional de ciências. “É muito importante para dar visibilidade para as mulheres na ciência e ainda mais, jovens cientistas de escolas públicas”, acredita Maria (veja como o canudo é feito aqui).

Marcelle Soares-Santos

Os brasileiros premiados que conquistaram a admiração de nossos leitores em 2019

A astrofísica capixaba recebeu um dos prêmios mais importantes da ciência mundial. Marcelle, que só estudou no ensino público, foi considerada uma das jovens cientistas mais proeminentes do planeta, pela Alfred P. Sloan Foundation, entidade que já teve entre seus bolsistas 47 premiados com o Nobel. Ela estuda a natureza da expansão acelerada do universo, usando dados de alguns dos telescópios mais poderosos já construídos (conheça mais sobre o trabalho de Marcelle nesta outra matéria).

Carolina Marcelino

Um projeto de energia sustentável deu à cientista brasileira uma das renomadas bolsas do Prêmio Marie Curie. Aos 35 anos, Carolina é pós-doutoranda do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e seu trabalho alia o uso de inteligência artificial (IA) para produção, geração e transmissão de energia elétrica de fonte renovável (entenda melhor aqui).

Anna Luisa Beserra

Brasileira é uma das vencedoras do Prêmio Jovens Campeões da Terra da ONU com dispositivo solar que purifica água

A baiana, de 21 anos, foi uma das selecionadas, ao lado de outros seis ganhadores, todos com menos de 30 anos, do Prêmio Jovens Campeões da Terra, da ONU Meio Ambiente, escolhidos em regiões da África, América do Norte, Ásia e Pacífico, Europa e Ásia Ocidental. Ana criou filtros, que purificam a água da chuva coletada por cisternas instaladas em áreas rurais. Chamado de Aqualuz, o dispositivo tem baixo custo e fácil instalação. E garantia de eliminar 100% das bactérias presentes na água (a reportagem na íntegra está neste link).

Marcelo Gleiser

Marcelo Gleiser recebe importante prêmio internacional pelo trabalho que alia ciência e espiritualidade

O físico foi o primeiro latinoamericano a ganhar o Templeton Prize, prêmio já concedido a personalidades como Dalai Lama, Madre Teresa e Desmond Tutu. Aos 60 anos, o carioca foi agraciado por “ser um dos principais defensores da visão de que ciência, filosofia e espiritualidade são expressões complementares da necessidade humana de abraçar o mistério e o desconhecido” (leia mais aqui).

Fotos: arquivo pessoal/divulgação

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.