Hoje, já não é mais nenhum segredo a forma como os animais são tratados na pecuária para atender a demanda da indústria alimentícia. Ou melhor, a demanda dos consumidores que amam comer carne. Não faltam documentários que contam histórias de crueldade (no final deste post, listo alguns), muitos disponíveis na internet. E também não faltam ONGs de proteção animal, com atuação local ou mundial, que desenvolvem campanhas com frequência pra nos lembrar desse massacre diário e de que precisamos transformar essa realidade já!
E quem se lembra do movimento Segunda Sem Carne? Pois ele continua firme e forte nas redes sociais e é promovido pela Sociedade Vegetariana Brasileira.
A ONG World Animal Protection (WAP) ou Proteção Animal Mundial no Brasil, acaba de divulgar o resultado de pesquisa feita no Brasil, recentemente, focada no tratamento dado aos porcos no país. Por isso, junto com a divulgação da pesquisa, a ONG está promovendo uma petição online (saiba mais sobre ela no final deste post e, se tiver qualquer dúvida sobre a importância ou eficácia desse tipo de mobilização, leia este post).
Importante ressaltar que essa mesma pesquisa também foi aplicada na China, na Austrália e na Tailândia.
A escolha desse bicho fofo como tema central das campanhas da WAP no Brasil e nesses países se baseia em três fatores: o porco está entre os animais que mais sofrem com os sistemas de criação atuais, a demanda por sua carne só cresce e a pecuária industrial intensiva ainda mantém práticas antiquadas, que só intensificam e prolongam o sofrimento.
Veja o que acontece, geralmente: de quatro porcas em gestação, três são mantidas em gaiolas. Crueldade pura!! Além disso, leitões são mutilados e, na maioria das vezes, sem alívio da dor.
As pesquisas revelaram que os consumidores estão realmente preocupados com o tratamento dado aos suínos. Reunindo os dados dos quatro países, 89% dos entrevistados se dispõem a trocar de supermercado caso encontrem algum que se comprometa a acabar com esse cenário. No Brasil, essa porcentagem é maior: 93%.
Também não há caminho economicamente mais sustentável, por isso, a WAP está desenvolvendo trabalhos de conscientização junto aos gigantes desse setor para que comprem carne suína apenas de fazendas comprometidas com o bem estar animal. Se não vai pela empatia, vai pelo bolso.
“Nosso objetivo não é acabar com a venda e o consumo da carne suína, mas, sim, mostrar outros caminhos aos comerciantes, para que a vida desses animais seja mais saudável”, afirma José Rodolfo Ciocca, da World Animal Protection no Brasil. “Queremos que os porcos possam se desenvolver em ambientes próximos ao seu habitat natural, evitando assim mutilações e sofrimentos desnecessários”, complementa.
As pesquisas também apontam que, no Brasil, na Tailândia e na Austrália, 8 em cada 10 pessoas se preocupam com o impacto do uso de antibióticos na saúde dos animais das fazendas. E, por consequência, na nossa.
No Brasil, 6 em cada 10 pessoas (ou 66%) se chocaram e ficaram muito perturbadas ao conhecerem as práticas na pecuária industrial intensiva. A empatia poderia ser bem maior, mas, levando em conta os quatro países pesquisados, esse índice sobe para 72%. Mesmo assim, está faltando se colocar no lugar desses bichos para compreender a gravidade (e insanidade) dessas práticas.
E, claro que, para ser eficaz, o trabalho da WAP inclui também a orientação dos produtores para que desenvolvam sistemas de bem-estar mais elevados. Isso inclui a manutenção dos porcos ao ar livre, ou seja, fora de gaiolas, e convivendo em grupos.
Assine a petição online e mude a vida dos porcos!
Quem quer abraçar esta causa da WAP pode assinar a petição Mude a Vida dos Porcos, que reivindica o compromisso de alguns dos principais supermercados – Carrefour, Grupo Wal-Mart, Grupo Pão de Açúcar e Grupo Cencosud – com a venda de suínos criados corretamente. Se estes aderem à campanha, os menores não terão outro caminho a seguir.
Agora, assista ao documentário Food Inc, de virar o estômago… Depois, visite a página da Watch Documentaries para assistir a documentários sobre saúde, que obviamente passam pela comida, pelo alimento que consumimos diariamente e está deixando boa parte da população doente e obesa. Todos em inglês.
Quem maltrata um animal ou gosta de assistir quem o faça sofrer, não é confiável quando demonstra amor por criancinhas e velhos.