O bolinho de arroz que ajudou a criar uma família e virou comida típica de Cuiabá

Quem vê Dona Eulália misturando a massa e encarando o calor do fogão à lenha não imagina que logo ela vai chegar aos 84 anos de idade. São mais de 60 anos preparando o bolo de arroz, como é conhecido em Cuiabá. Na verdade, é um bolinho feito em forminhas como as de empadas ou muffins e é servido num barracão da capital mato-grossense, que virou endereço obrigatório de moradores e visitantes.

Sim, o bolo de arroz se transformou num dos quitutes da culinária do estado. E pensar que tudo começou quando ela chegou na cidade, vinda do interior, e para ajudar o marido nas contas da casa, começou a fazer a receita que tinha aprendido, ainda criança, com a tia. O marido, que era pedreiro, construiu o forno e Dona Eulália começou a produção. Na época eram algumas dezenas de bolinhos: hoje são milhares por dia (sete mil no período das festas religiosas da cidade).

Citado até pela revista Veja, o bolo de arroz já foi destaque em outras inúmeras publicações de gastronomia.

bolinho de arroz

O antigo salão foi reformado, ganhou o reforço da família e a produção praticamente não para porque outra tradição na cidade é ir atrás do quitute nas madrugadas quentes do Brasil Central.

Dona Eulália conversou com Suzi Bonfim para o Brasil de Cor.

Fotos: reprodução Facebook

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Suzi Bonfim

Jornalista, formada pela Universidade Estadual de Londrina. Não esperava que ao trocar o frio de Londrina pelo calor de Cuiabá, no começo dos anos 90, fosse encontrar tantos desafios profissionais: repórter de rádio e TV, produtora, editora e apresentadora de telejornais. Trabalhou ainda no impresso, nas editorias cidades, economia e política, e com assessoria de imprensa. Mãe de duas filhas, é voluntária na ONG MTmamma amigas do peito. Seu projeto mais recente é a colaboração no Brasil de Cor