Nova York proíbe uso e venda de embalagens, pratos e copos de isopor


Nova York proíbe uso e venda de embalagens e copos de isopor

Desde o dia 1º de janeiro, os moradores e os estabelecimentos comerciais de Nova York estão proibidos de vender e utilizar pratos, copos e embalagens produzidos com o poliestireno expandido ou EPS, na sigla em inglês, popularmente conhecido como isopor: um material proveniente do petróleo e que tem um enorme impacto no meio ambiente.

De acordo com o Departamento Sanitário de Nova York, responsável pela implementação da nova lei, a reciclagem desses produtos não é economicamente viável e ambientalmente eficiente e por isso, eles estão sendo banidos.

Fica proibido também o uso do isopor como protetor de embalagem, aqueles grãos/bolinhas utilizados dentro de caixas para evitar a quebra de itens enviados pelo correio ou em mudanças.

A prefeitura dará seis meses para que empresas e comerciantes se adequem à nova legislação, mas após este período multas começarão a ser dadas. Os valores variam entre US$ 250 e US$ 1 mil.

A recomendação é que os produtos de isopor sejam substituídos por similares reutilizáveis ou recicláveis.

Não é só em Nova York 

Medida semelhante foi tomada, já em 2016, por outra cidade americana: São Francisco, como mostramos aqui, neste outro post, na época.

O estado da Califórnia é um dos mais ativos na proteção ambiental. Desde 2007, a distribuição de quentinhas de poliestireno, as embalagens para levar comida para casa, já era proibida. Em 2014, foi a vez então de proibir a venda de garrafas plásticas em espaços públicos da cidade. Tempos depois, mostramos que, desde janeiro de 2017, todos os novos edifícios de São Francisco foram obrigados a ter painéis solares.

Todas estas iniciativas fazem parte do plano da cidade em se tornar Lixo Zero até 2020, ou seja, que nenhum resíduo seja encaminhado para aterros sanitários ou usinas de queima de lixo.

Estima-se que aproximadamente 25 bilhões de copos de poliestireno sejam jogados no lixo por ano nos Estados Unidos. Infelizmente, grande parte deles acabará em aterros ou pior ainda, nos oceanos, onde animais ficam presos no isopor ou o ingerem, muitos deles, morrendo.

E em Nova York, os canudinhos também estão com os dias contados. Um projeto de lei foi proposto no City Council da cidade pedindo a proibição do uso e da comercialização de canudos plásticos. “É importante que os nova-iorquinos entendam que o canudinho não é uma necessidade, mas um luxo. Um luxo que está provocando grande impacto no meio ambiente”, disse Rafael Espinal Jr., do Partido Democrata e autor do texto.

A intenção é proibir que bares, restaurantes, estádios, food trucks – e todos os lugares onde bebidas são vendidas – de oferecer canudos plásticos. “As pessoas precisam entender que o canudinho feito com plástico não é o único que existe”, ressalta Espinal Jr. “Existem aqueles fabricados com papel, bambu e alumínio, que não causam danos à natureza”.

Se aprovada a nova lei, quem a descumprir, irá pagar multa de US$ 100 a US$400.

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Foto: Caleb Lucas on unsplash

Um comentário em “Nova York proíbe uso e venda de embalagens, pratos e copos de isopor

  • 3 de janeiro de 2019 em 6:36 PM
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    Uma corrida contra o tempo, é agora ou nunca, mas animais estão morrendo; deveriam esperar que leis humanas os protegessem mas estão morrendo, porque leis humanas costumam acordar tarde demais, por causa do blá, blá, blá dos legisladores, por conta da instabilidade do tempo, porque chove ou porque faz sol, porque é feriado ou facultativo, leis humanas são escritas e validadas muito de-va-gar, quando animais começam a chegar sozinhos à praia, sem a companhia da vida que era deles e sem a felicidade deles, com que nasceram acreditando ser boa, a prática inocente e ingênua de VIVER; animais não esperam que leis à favor deles se cumpram, que sejam punidos os culpados e resgatadas as vítimas porque, simples e direta, a Morte já chegou e venceu primeiro, sem papas na língua, curta e grossa.

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.