Nestas férias, não deixe os estoques dos bancos de sangue ficarem vazios!
Só quem já passou por uma emergência ou teve um caso de doença com familiares ou amigos, sabe o quanto é importante a doação de sangue. Pode ser a diferença entre a vida e a morte de um paciente.
Doar sangue é um ato de amor. É simples, rápido e indolor! Mesmo assim, segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 1,8% da população brasileira tem o hábito de doar sangue. E na época das férias, quando muita gente viaja, a situação fica ainda pior.
No estado de São Paulo, os estoques dos bancos de sangue estão com 40% do patamar desejado. As reservas da Fundação Pró-Sangue, instituição vinculada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, encontram-se muito baixas.
Atualmente, os tipos A+, A-, AB+, AB- e B- estão com estoque em alerta, ou seja, em condições de abastecer os hospitais por apenas três dias. Já os tipos O+, O- e B+ estão em níveis críticos, isto é, com o suprimento para apenas dois dias.
Como doar
Então, vamos fazer uma boa ação nestas férias? Confira abaixo o que é preciso para se tornar um doador de sangue:
– basta estar em boas condições de saúde;
– ter entre 16 e 69 anos (para menores, consultar site Secretaria da Saúde);
– pesar mais de 50 kg;
– levar documento de identidade original com foto recente, que permita sua identificação;
– comparecer alimentado ao posto de coleta (recomenda-se evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e, no caso de bebidas alcoólicas, 12 horas antes).
Pessoas com gripe ou resfriado não devem doar sangue, nem aquelas recém-vacinadas contra a febre amarela. Estas devem aguardar pelo menos quatro semanas para doar, a partir da data de vacinação. As pessoas que já se imunizaram em anos anteriores podem fazer a doação. Aos que ainda precisam tomar a vacina contra a febre amarela, a dica é fazer a doação antes de comparecer a uma unidade de imunização.
Não podem ser doadores mulheres que estejam amamentando e pessoas portadoras de diabetes (aqueles que necessitas de insulina).
Tatuagem não é problema!
Na capital paulista, uma campanha também quer esclarecer que pessoas com tatuagens podem sim ser doadoras de sangue. Chamada de “Ink4life”, a iniciativa quer desmistificar este tabu. Segundo a Fundação Pró-Sangue, quem fez uma tatoo ou maquiagem definitiva pode doar sangue um ano depois do procedimento.
No caso de piercing, se feito em local sem condições de avaliar a antissepsia, aguardar 12 meses após realização; com material descartável e feito em local apropriado: aguardar 6 meses após realização; se feito na mucosa oral ou genital: inapto enquanto estiver com o piercing e apto após 12 meses da retirada.
Para estimular a doação de sangue, durante o mês de janeiro, quem apresentar o comprovante de doação em qualquer unidade do Tattoo You vai ganhar um desconto exclusivo.
Já na segunda-feira, 22/01, das 09h às 16h30h, será realizado o evento “Life Day”, quando as pessoas poderão realizar a doação de sangue no estúdio de tatuagem da Vila Olímpia e ainda, concorrer a prêmios.
DOAÇÃO DE SANGUE
Posto Clínicas da Pró-Sangue, São Paulo
Endereço: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 155, 1º andar, a 200 metros da estação Clínicas do Metrô.
Horário de atendimento: das 7 às 18 horas de segunda a sexta; das 8 às 17 horas nos sábados, feriados e pontes; e das 8 às 13 horas, nos 1º e 3º domingos de cada mês (aos sábados, atendimento limitado a 380 candidatos)
Estacionamento, gratuito aos doadores, é o subterrâneo – Garagem Clínicas, na Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar.
Para horário de funcionamento e os endereços dos demais postos de coleta no Estado acesse aqui.
Mais informações no Alô Pró-Sangue: 0800 55 0300.
Imagem: domínio público/pixabay
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.