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“Não Olhe para Cima”: se você ainda não assistiu, assista!

"Não Olhe para Cima": se você ainda não assistiu, assista!

Se você ainda não ouviu falar no filme “Não Olhe para Cima” (“Don’t Look Up”, no título original”) talvez você tenha decidido fazer uma desintoxicação das redes sociais nas últimas semanas porque é praticamente impossível não ter lido algum comentário ou debate sobre ele. Lançado pela Netflix, e com um elenco de peso – Leonardo DiCaprio, Jennifer Lawrence, Cate Blanchet, Meryl Streep e Timothée Chalamet -, a história é uma metáfora clara com a crise climática.

A “comédia/catástrofe” fala sobre a descoberta de dois astrônomos, Randall Mindy (DiCaprio) e Kate Dibiasky (Lawrence), que detectam que um cometa está em rota de colisão com a Terra e pelo seu tamanho, destruirá o planeta, provocando a extinção de todas suas espécies, inclusive, o ser humano. Diante da tragédia que ocorrerá em poucos meses, os dois são levados até a Casa Branca, onde encontram a presidente dos Estados Unidos, interpretada por Meryl Streep, que está muito mais interessada em sua reeleição do que na sobrevivência da humanidade.

Impossível não dar muitas risadas com “Não Olhe para Cima”. Mas também é assustador perceber que a comédia fictícia é um retrato fiel do que acontece na realidade: o completo descaso de governos com os alertas feitos, há décadas, por cientistas do mundo inteiro sobre os efeitos da crise climática sobre o planeta.

“O filme ‘Não Olhe para Cima’ é uma sátira. Mas, falando como um cientista do clima, fazendo tudo que posso para alertar as pessoas e evitar a destruição planetária, é também o filme mais preciso sobre a não resposta aterrorizante da sociedade ao colapso do clima que eu já vi”, escreveu Peter Kalmus, cientista americano que trabalha para a Nasa, em um artigo para o jornal The Guardian.

“Infelizmente o discurso do fim do mundo tem sido ineficiente. Não obstante, que opção nos resta? A procrastinação dos não convertidos tem contornos criminosos. Pessoas que têm poder, sabem do fim do mundo que se aproxima, mas usam de artimanhas, desqualificações, teorias da conspiração e um sortilégio de táticas diversionistas, tudo em nome do ganho nababesco de curto prazo”, afirmou o cientista brasileiro Antônio Nobre, ao comentar sobre o filme em suas redes sociais.

Outro especialista brasileiro em clima, o pesquisador Paulo Artaxo, também compartilhou sua opinião sobre “Não Olhe para Cima” em seu perfil no Facebook. “Espetacular paródia dos nossos tempos. O filme “Não Olhe para Cima” é fantástico em mostrar como o poder lida com os maiores problemas de nossos tempos. Retrato fiel da nossa atual sociedade. Sistema econômico e financeiro sempre tentando ganhar o máximo, não importam as consequências. O corrupto sistema político vai onde está o dinheiro. A maior parte da mídia só quer distrair as pessoas com bobagens irrelevantes. E os cientistas com dificuldades de transmitir mensagens urgentes, seja sobre mudanças climáticas, pandemias ou cometas. A questão principal é: como mudar a direção de nosso sistema socioeconômico prestes a ser atingido por um cometa?”.

A melhor descrição do filme é aquela usada para sua divulgação: “Baseado em fatos reais que não aconteceram – ainda“.

Então, se você ainda não assistiu, assista!

Foto: divulgação Netflix

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