Na Bahia, economia solidária inova com clube de assinaturas de biocosméticos

Assinaturas de clubes de livros, produtos de beleza e outros itens são já bastante comuns e cativam muitos consumidores, que recebem, em suas casas, caixas com uma curadoria cuidadosa de produtos.

Na Bahia, a economia solidária aderiu a esse movimento oferecendo um clube de assinaturas – a Rede Sempre Viva (site e Instagram) elabora caixas compostas por oito biocosméticos: xampu, condicionador, sabonete, desodorante, itens surpresa como blends de óleos, máscara de argila, escalda-pés, bucha vegetal e creme dental.

São produtos naturais, veganos, biodinâmicos, livres de produtos químicos e não agressivos ao corpo e nem ao meio ambiente – produzidos por grupos compostos majoritariamente por mulheres.

A assinatura tem três planos: mensal, trimestral e semestral. E também é possível adquirir a caixa avulsa.

Trabalho humano e natureza

Batizada de Renovação, a caixa que abre o clube de assinaturas da Rede Viva propõe renovar energias, a prática do autocuidado e a esperança em um 2022 mais leve e conectado com a natureza.

E são oito os empreendimentos solidários que participam desta primeira caixa, atendidos pelos Cesols (Centros de Empreendedorismo Públicos) nas localidades de Salvador, Lauro de Freitas, Chapada Diamantina e Litoral Sul.

“Acreditamos numa economia construída e partilhada por muitas mãos e que, agora, por meio do clube de assinaturas, oferece o que há de melhor entre o trabalho humano e a natureza. É um projeto inovador que mostra que é possível produzir e comercializar de forma diferente, com o trabalho coletivo, cuidado com o meio ambiente e a qualidade dos produtos oferecidos à sociedade”, conta Simaia Barreto, coordenadora geral do Cesol Lauro de Freitas.

A economia solidária na Bahia

Empreendedores e empreendedoras da economia solidária baiana são assistidos por 15 Cesols, localizados nas cidades de Salvador, Porto Seguro, Lauro de Freitas, Vitória da Conquista, Pintadas, Serrinha, Senhor do Bonfim, Piatã, Pintadas, Nilo Pessanha, Monte Santo, Juazeiro, Irecê, Itabuna, Guanambi, Valença e Cruz das Almas.

Superintendência de Economia Solidária (Sesol), vinculada à Secretaria do Trabalho, gerencia o Programa Bahia Solidária, que constitui o primeiro passo para consolidar uma política pública no estado.

Por meio dos Centros Públicos de Economia Solidária, o programa tem desencadeado ações voltadas a fortalecer os empreendimentos já existentes na Bahia (a Sesol informa já ter mapeados mais de 1.600) e a estimular a criação de outros.

Esses Centros são criados e mantidos por meio de parcerias entre o poder público e a sociedade civil organizada, e reúnem diversas ações de formação, assistência técnica, divulgação, comercialização, acesso a crédito, expressão cultural e articulação sociopolítica do movimento da economia solidária.

Buscam fornecer condições para o desenvolvimento territorial e estimulam a ampla participação da sociedade.

Fotos: Divulgação

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Mônica Ribeiro

Jornalista e mestre em Antropologia. Atua nas áreas de meio ambiente, investimento social privado, governos locais, políticas públicas, economia solidária e negócios de impacto, linkando projetos e pessoas na comunicação para potencializar modos mais sustentáveis e diversos de estar no mundo.