Parece mesmo que só apelando para um super herói é que vamos conseguir – algum dia – que homens e mulheres tenham direitos iguais na sociedade. As Nações Unidas anunciaram que no próximo dia 21/10, quando a personagem Mulher Maravilha, criada pela DC Comics, completará 75 anos, ela receberá o título de Embaixadora da ONU pelo Empoderamento das Mulheres e Meninas.
A notícia, divulgada em primeira mão pelo site Comic Book Resources, afirma que em cerimônia na sede da entidade, em Nova York, o secretário geral Ban Ki-moon e convidados “surpresas” vão entregar o título para a heroína.
A iniciativa fará parte do lançamento de uma campanha mundial pela meta número 5 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (entenda mais o que são os ODS neste outro post), que defende que mulheres e meninas conquistem de uma vez por todas seus direitos, seja lá onde morem. Na prática, isso quer dizer que elas, assim como eles, devem ter acesso à educação e saúde, ser remunerados de maneira igual em seus empregos, exercer liderança política e empresarial e serem respeitados e tratados de forma digna por todos.
Na semana passada, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um estudo que mostra que meninas, entre 5 e 14 anos gastam 40% mais tempo do que meninos fazendo tarefas domésticas. A organização chegou até a calcular o tempo e ele representa um inacreditável número de 160 milhões de horas por dia no mundo destas garotas. As atividades citadas incluem desde limpeza da casa e cuidado com irmãos menores até busca por água potável e lenha para fazer fogo.
O estudo é um claro exemplo de como, em muitos países ainda, a disparidade de gêneros e o desrespeito com o sexo feminino começa logo cedo, ainda na infância. Em diversas culturas, o homem é considerado mais importante e prioridade para a família do que a mulher.
O lado feminino da Liga da Justiça
A Mulher Maravilha foi criada em 1941 pelo casal de psicólogos americanos Elizabeth e William Moulton Marston. Inspirada na mitologia grega, a personagem é uma princesa guerreira, da tribo de mulheres Themyscira. No mundo real, ela usa a identidade secreta de Diane Prince. Nos anos 70, a personagem fez bastante sucesso quando foi protagonista de um seriado de televisão.
A guerreira e estrategista é, ao lado de outros super-heróis como Super-Homem e Batman, uma das fundadoras da Liga da Justiça.
No universo da cultura pop, a personagem tornou-se um símbolo do feminismo. Do chamado “girl power”. Recentemente, houve um debate nas redes sociais sobre a opção sexual da Mulher Maravilha, indicando que ela seria gay. Guerreira, estrategista, defensora dos direitos da mulher e homossexual? Realmente, ela tem o poder!
Imagem: ilustração/reprodução DC Comics