
“À nossa família do santuário, é com o coração pesado que compartilhamos que Pupy faleceu na noite passada, poucos instantes após colapsar.” Foi com essa mensagem que o Santuário de Elefantes Brasil (SEB) compartilhou em suas redes sociais a morte na sexta-feira (10/10) da elefanta-africana, que tinha chegado em abril de 2025 ali, vinda do no Ecoparque de Buenos Aires, na Argentina.
Segundo a equipe do santuário, que fica localizado na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso, Pupy tinha apresentado desconforto gastrointestinal nos dias anteriores. “Pupy tinha histórico de cólicas. Mesmo nos dias mais seletivos, continuava se alimentando, e havíamos encontrado medicamentos que a deixavam confortável. Ontem seu apetite voltou a diminuir. No início da tarde, ao evacuar, expeliu cerca de 1,5 kg de pedras escuras. Depois disso, ficou mais fraca e com comportamento diferente”, relataram seus cuidadores.
Logo depois a elefanta, que tinha cerca de 35 anos, colapsou. E poucos instantes depois, foi constatada a sua morte.
Kenya, outra elefante-africana, também vinda de um zoológico argentino, que chegou em julho ao santuário, em setembro começou a se aproximar mais de Pupy, como contamos nesta outra reportagem. Após o falecimento da companheira, foi permitido que ela chegasse perto dela, que logo se acomodou ao lado do corpo já sem vida e passou a noite a seu lado.
“Mesmo que o tempo aqui tenha sido breve, Pupy partiu cercada de amor, liberdade e cuidado. Agradecemos a todos que tornaram possível que Pupy e Kenya chegassem ao santuário – e que viveram conosco a alegria dessa amizade. Nos próximos dias, compartilharemos como Kenya está se adaptando. Esta manhã, ela emitiu um longo ronco ao ver os tratadores. Nossa equipe seguirá cuidando dela”, ressaltou o santuário.
Nos próximos dias será realizada uma necropsia no corpo de Pupy, que poderá apontar as causas de sua morte.

Foto: SEB / divulgação
Como contou Mônica Nunes, neste outro texto, Pupy nasceu no Parque Nacional Kruger, na África do Sul e viveu, desde 1993 até abril deste anono Ecoparque de Buenos Aires. Acima do peso, a elefanta parecia mais velha do que era, provavelmente por causa de tantos anos em cativeiro.
“Essa é uma das partes mais difíceis da vida em um santuário. Recebemos elefantes idosos que viveram décadas sem alimentação adequada ou cuidados médicos. Esperamos que o santuário possa curar parte dessas feridas. Mas os efeitos do cativeiro são profundos – e, às vezes, irreversíveis”, escreveu o Santuário dos Elefantes Brasil.
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Foto (destaque): SEB / divulgação





Partiu na paz da Liberdade, cuidados, amor, dignidade.
O Santuário é parte do resgate da dignidade dos seres que não mais podem voltar a seu habit.
Parabéns aos tratadores pelo dever cumprido,proporcionando um final de vida feliz e o sentimento de liberdade aos animais e desejo que Deus abençoe abençoe a todos vocês
Cada vez que morre uma elefanta no Santuário eu choro. Penso nos anos de cativeiro que tiveram. Mas, mesmo que seja por pouco tempo, viveram a liberdade que lhes foi roubada.