Durante o último ano e meio, o mundo inteiro acompanhou a jornada surpreendente de um grupo de 14 elefantes, que não se sabe porquê, deixou a Reserva Natural de Mengyangzi, situada em Xishuangbanna Dai, no sul da China, perto da fronteira com Mianmar. A manada saiu do local e começou uma caminhada em direção ao norte, por mais de 500 km, atravessando vilarejos e cidades, em meio a casas, escolas e lojas.
Ao longo do trajeto, mais de 150 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas residências, em algum momento, para que os animais passassem. Autoridades montaram uma operação gigantesca para que eles não fossem feridos, mas também não colocassem em risco a vida dos moradores locais.
Na última terça-feira, 10/08, os elefantes estavam na província de Yunnan, no caminho de retorno ao lugar de partida. De acordo com o governo da região, mais de 25 mil policiais e funcionários foram usados para ajudar e um grande número de veículos e drones empregados para monitorar e guiar os elefantes em migração. Cerca de 180 toneladas de comida foram fornecidas aos animais durante todo o percurso.
Os elefantes asiáticos selvagens, espécie de florestas tropicais, estão sob proteção máxima na China. Graças aos esforços de conservação nos últimos anos, sua população no país cresceu de 193 indivíduos, no começo da década de 90, para aproximados 300 atualmente. A maioria deles está espalhada em Yunnan.
Biólogos tentam entender o que fez a manada sair da região onde vive e fazer uma viagem tão longa. Uma das suspeitas é que o líder do grupo fosse um animal inexperiente ou mesmo, que eles estivessem buscando um novo habitat. Outros especialistas conjecturam se o abandono da reserva não teria sido feito em consequência de distúrbios provocados pelos humanos naquela região.
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Se uma manada de elefantes foi monitorada e protegida por tão longo caminho e por tanto tempo, a fim de que retornassem ao local de origem, sãos e salvos, faz todo o sentido reconhecer que, quando nos desgarramos da Casa Paterna em busca de novas emoções no Caminho da Vida, ainda assim há quem do alto nos proteja e guie, no insondável invisível, com incondicional e infinito Amor.