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Lula sanciona lei que reconhece Rodeio Crioulo como parte da cultura popular brasileira

Lula sanciona lei que reconhece Rodeio Crioulo como parte da cultura popular brasileira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 15.008/24, que regulamenta o Rodeio Crioulo como parte da cultura popular brasileira. A medida foi publicada, na sexta-feira (18/10), no Diário Oficial da União (DOU) e já está em vigor.

Assim como outros estilos de rodeio, com origem nos Estados Unidos, o crioulo começou a ser realizado no Rio Grande do Sul nos anos 50 e se tornou bastante popular no estado. Entre as provas mais comuns estão a de laço e montaria.

A lei assinada por Lula determina que “a encilha e demais peças utilizadas nas montarias, bem como as características do arreamento, não poderão causar injúrias ou ferimentos aos animais. As cintas, as cilhas e as barrigueiras deverão ser confeccionadas em lã natural ou em couro, com dimensões adequadas para garantir o conforto dos animais. Já os laços utilizados deverão ser confeccionados em couro trançado, sendo proibido o ato de soquear o animal laçado.”

Apesar de o texto da nova lei enfatizar a questão da “proteção à saúde e à integridade física dos animais”, é lamentável que uma atividade que envolva crueldade e sofrimento seja exaltada e promovida pelo governo.

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Em 2019, o então presidente Jair Bolsonaro já tinha criado o Dia Nacional do Rodeio na mesma data que o mundo inteiro celebra o Dia dos Animais, 4 de outubro.

Organizações de proteção animal são categóricas em classificar rodeios como uma prática cruel. Touros, novilhos, cavalos e outros bichos enfrentam situações de estresse físico e psicológico. Há denúncias de que alguns são submetidos a choques e chutes antes de entrar na arena, para que fiquem ainda mais agitados e assim garantam o espetáculo de entretenimento aos seres humanos.

Em 2020, quando morreu o famoso locutor brasileiro de rodeios, Asa Branca, ele se disse arrependido e denunciou o sofrimento e a crueldade contra os animais. “Eu peço perdão a Deus por tudo que fiz errado. Se pudesse voltar no tempo, eu não maltrataria os animais“, confessou ele à ativista Luisa Mell.

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Foto de abertura: divulgação/Agência Senado

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