Leonardo DiCaprio convida presidente do México e magnata para salvar boto-do-pacífico

Leonardo DiCaprio cria fundo para preservação de boto

Tudo começou quando Leonardo DiCaprio postou um tweet e uma foto no Instagram, em maio. O ator pedia que seus milhões fãs assinassem uma petição pela proteção do boto-do-pacífico, nativo do Golfo da Califórnia, no México. Também conhecido como “vaquita”, o animal está à beira da extinção: atualmente, existem apenas 30 representantes da espécie na natureza. O apelo de Leonardo DiCaprio teve efeito: milhares de pessoas assinaram a petição e enviaram mensagens diretas ao governo do México. Com isso, o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, postou uma série de tweets alegando que o governo já realizara diversos esforços para salvar a espécie.

Na última quarta-feira, dia 07 de junho, Leonardo DiCaprio, o presidente mexicano e o magnata da comunicação Carlos Slim (um dos homens mais ricos do mundo) se uniram para assinar um memorando. A ideia é a mesma do apelo de Leo: proteger o boto-do-pacífico, mas por meio de um fundo que será criado este ano. O dinheiro será administrado pela Leonardio DiCaprio Foundation e pela Carlos Slim Foundation, com o apoio do governo de Enrique Peña Nieto.

Nenhuma das fundações se pronunciou ainda sobre o valor que será investido para a proteção do vaquita, mas revelaram que o dinheiro será empregado em duas frentes. Uma delas é o combate ao uso de redes de pesca ilegais e à pesca ilegal. A outra é encontrar um santuário natural para os 30 botos-do-pacífico sobreviventes, que, segundo o World Wildlife Fund (WWF), correm o risco de desaparecer em 2018.

O boto-do-pacífico é um cetáceo de 1,5 metro de comprimento, considerado de pequeno porte (outros cetáceos podem medir até 33 metros, como é o caso da baleia-azul!). Como a situação da espécie ficou tão crítica? Durante anos, o vaquita foi dizimado por redes de pesca, utilizadas em grande parte por contrabandistas, que tentavam capturar outra espécie também em risco de extinção: o totoaba, um peixe muito apreciado na China e que é vendido no mercado negro por milhões de dólares. Por isso, o memorando assinado por Leonardo DiCaprio, o presidente do México e o magnata mexicano adereça diretamente a pesca ilegal.

Aos esforços do trio, juntam-se ONGs como o Sea Shepherd, a Marisla Foundation e o WWF.

Fotos: Reprodução do Twitter do Leonardo DiCaprio e WWF

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Marina Maciel

Jornalista, Marina escreve sobre meio ambiente para diversas publicações brasileiras desde 2011. Já colaborou para veículos como Superinteressante, Exame, VEJA, VEJA SP, M de Mulher, Casa Claudia, VIP, Cosmopolitan Brasil, Brasil Post, National Geographic Brasil, INFO e Planeta Sustentável.