PUBLICIDADE

ICMBio tem novo presidente: um coronel aposentado da Polícia Militar, o quarto militar no cargo desde 2019

ICMBio tem novo presidente: um coronel aposentado da Polícia Militar, o quarto militar no cargo desde 2019

Foi publicada ontem (10/11) no Diário Oficial da União a efetivação no cargo de presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) do coronel aposentado da Polícia Militar Marcos Castro Simanovic (ao centro na foto acima, e na direita, o atual ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite). O militar é o quarto a ocupar a função desde o início da presidência de Jair Bolsonaro e o terceiro coronel seguido indicado para a posição. Em setembro do ano passado, o governo exonerou o então presidente do órgão, Fernando Lorencini, e há mais de um ano não havia nova indicação.

Simanovic chegou ao ICMBio há três anos, nomeado pelo ex-ministro da pasta, Ricardo Salles, para a diretoria de Criação e Manejo de Unidade de Conservação. Formado em Direito, o militar trabalhou na área de policialmente ambiental do governo de São Paulo, assim como seus demais antecessores.

Há sete meses, em maio de 2021, Simanovic foi acusado por funcionários do ICMBIo de cancelar, em cima da hora, uma operação planejada para desmontar uma criação ilegal de gado na Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo, no estado do Pará.

Servidores ouvidos pela reportagem, mas que preferem manter sua identidade preservada, afirmam que a nomeação de Simanovic já era esperada. “Estamos na mesma. O Simanovick ja está no órgão desde a presidência do Homero [de Giorge Cerqueira]. Ele é uma pessoa polida, de fácil trato e que compreende relativamente do assunto”, relatam. “Ele sempre foi o principal articulador do órgão nessa gestão, exatamente por esse perfil. Então não esperamos nenhuma mudança de posicionamento. Vai manter o status quo”.

O ICMBio, subordinado ao Ministério do Meio Ambiente, é responsável por administrar as 334 Unidades de Conservação do país e assim como outros órgãos de proteção ambiental do país, sofreu com um grave sucateamento desde o início do governo Bolsonaro: houve redução de pessoal e de coordenações regionais, além de nomeações de pessoas não capacitadas para cuidar do meio ambiente e da biodiversidade do Brasil.

Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro expressou a vontade de unir o Ibama e o ICMBio, intenção criticada por ambientalistas e servidores das duas instituições.

Leia também:
Ministério do Meio Ambiente proíbe comunicação direta entre imprensa e Ibama e ICMBio

A destruição do meio ambiente pelo governo, em três atos: redução da fiscalização, Funai contra o índio e devastação da Mata Atlântica
Governo exonera chefes de fiscalização do Ibama responsáveis por operações contra garimpos em terras indígenas na Amazônia

Foto: reprodução Facebook ICMBio

Comentários
guest

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Notícias Relacionadas
Sobre o autor
PUBLICIDADE
Receba notícias por e-mail

Digite seu endereço eletrônico abaixo para receber notificações das novas publicações do Conexão Planeta.

  • PUBLICIDADE

    Mais lidas

    PUBLICIDADE