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Grécia cria novos parques marinhos e se torna primeiro país da Europa a proibir pesca de arrasto em áreas protegidas

Grécia cria novos parques marinhos e se torna primeiro país da Europa a proibir pesca de arrasto em áreas protegidas

O governo da Grécia acaba de anunciar a criação de dois novos parques nacionais marinhos até o final do ano, que juntos representam quase 20% das águas do país. Com a adição dessas áreas no Mar Iônico e no Mar Egeu, há um aumento de 80% da costa grega com status de proteção e de sua rica biodiversidade.

Um dos futuros parques é conhecido atualmente como a “Galápagos Grega” e engloba onze grupos de ilhas e ilhotas desertas. O objetivo das duas áreas é proteger diversas espécies de mamíferos marinhos, tartarugas e aves aquáticas e migratórias.

Segundo o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, que anunciou a novidade durante uma conferência internacional sobre oceanos na terça-feira (16/04), em Atenas, outra importante medida para proteger a vida marinha será a proibição da pesca de arrasto em todas as áreas protegidas, tornando a Grécia o primeiro país da Europa a banir essa atividade.

A chamada pesca de arrasto é considerada um dos piores métodos utilizados pela indústria do setor, e com sérios e nefastos impactos ambientais. Ela consiste no uso de uma grande e pesada rede que é arrastada ao longo do fundo do oceano para recolher tudo o que estiver em seu caminho. Críticos dela, afirmam que a prática, amplamente empregada no mundo inteiro, torna o solo do mar um “deserto”.

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De acordo com Mitsotakis, a criação dos parques marinhos faz parte de um investimento de € 780 milhões, cerca de mais de R$ 4 bilhões. A implementação da proibição do fim da pesca de arrasto será feita em duas fases, em parques nacionais até 2026 e em todas as demais áreas até 2030.

Também será desenvolvido um sistema de fiscalização e monitoramento para garantir que a indústria pesqueira obedeça as novas regras, que inclui a utilização de drones, satélites e inteligência artificial.

Apesar de diversas organizações ambientais terem aplaudido a criação dos dois parques – no total a Grécia terá então quatro grandes áreas marinhas protegidas -, o governo é criticado por permitir a exploração de hidrocarbonetos, ou seja, petróleo e gás natural na costa.

*Com informações da Agência de Notícias Associated Press, The Guardian e Greek Reporter

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Foto de abertura: Máté Markovics por Pixabay

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