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Fotografar a vida é estar atento a todo acontecimento e perceber poesia em cada gesto de luz

povos indígenas

Cada vez vai se tornando mais difícil voltar à civilização moderna. Quanto mais me aprofundo na selva, fica mais difícil meu retorno para a chamada cidade grande.

Meu primeiro encontro com o primitivo foi há quase trinta anos, e desde então, minha vida mudou. Retratar os povos indígenas se tornou quase que uma obsessão, uma obrigação de minha fotografia. Aquilo que um dia me disseram: “como a fotografia da alma.”

Aqui, enquanto rabisco meu caderno, três pequenos curumins brincam alheios ao que acontece em seu entorno. Na casa, a mulher do cacique dá uma bronca no filho mais velho e todos riem. Ele está com preguiça de ir para a roça.

A criança ainda no aleitamento chora em busca do seio materno. Lá fora, no pátio vazio da aldeia, uma bicicleta passa e um homem carrega o sapé para cobrir sua casa.

povos indígenas

O pajé Itsaltako Waurá fuma o Petum evocando os bons espíritos para manter a paz
em sua aldeia (Aldeia Waurá Pyulaga)

povos indígenas

No patio da aldeia, em frente à casa dos homens, Itsaltako dá início ao ritual do Quarup
(Aldeia Waurá Pyulaga)

 

Fotos: Renato Soares

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