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Estudo brasileiro sobre potencial da madeira de laranjeira recebe prêmio no Japão

madeira de laranjeira

O artigo Qualitative Analysis of the Extractives of Orange Wood, publicado na revista Wood and Fiber Science, nos Estados Unidos, recebeu o prêmio George Marra de 3º lugar, em Excelência na Escrita, com relação aos artigos publicados no ano de 2017.

A publicação foi baseada em pesquisa desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), com apoio da FAPESP, sobre o potencial da madeira de laranjeira para diversas finalidades produtivas. A produção da laranja é a terceira maior atividade agrícola no estado de São Paulo, mas infelizmente, sua madeira ainda é largamente descartada.

A partir da utilização das técnicas de cromatografia gasosa acoplada à espectrômetro de massa e micro-extração em fase sólida (SPME), foram extraídos 221 componentes químicos da madeira de laranjeira. “Desse total, 33 deles foram identificados com alta confiabilidade”, aponta Carolina Kravetz, autora do estudo.

Com orientação do professor José Otávio Brito, Carolina iniciou o trabalho ainda como iniciação científica, com a proposta de realizar a avaliação do potencial químico de extrativos e de produtos da pirólise da madeira de laranjeira. “Um dos resultados é que, de acordo com a literatura, 79% destes compostos possuem aplicação nas áreas química, farmacêutica e/ou processamento de alimentos”.

Toras da madeira de laranjeira

No início do trabalho, em setembro de 2014, a estudante teve a oportunidade de apresentar análises prévias no XI International Junior Forest Contest, em Saint Petersburg na Rússia. Em 2015, Carolina executou algumas análises na North Carolina State University sob a supervisão dos professores David C. Tilotta e Daniel Saloni, ambos do departamento de biomateriais. Este intercâmbio foi feito com o auxílio da Fapesp a partir da modalidade da BEPE – Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior, durante o período de 4 meses.

O prêmio George Marra é concedido pela Society of Wood and Science Technology (SWST) e será entregue na convenção anual da entidade, que acontecerá de 5 a 9 de novembro de 2018, em Nagoya, Japão.

“Estou muito feliz e realizada com este prêmio. Claro que isso só foi possível devido ao trabalho em equipe com os professores, essenciais no aprimoramento dos meus conhecimentos na área de química da madeira, como também dos colegas do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE). Esse reconhecimento representa crescimento acadêmico e pessoal”.

O prêmio é concedido pela Society of Wood and Science Technology (SWST) e será entregue na convenção anual da SWST, que ocorrerá de 5 a 9 de novembro de 2018 em Nagoya, Japão.

A produção da laranja é a terceira maior atividade agrícola no estado de São Paulo.

 

*Texto publicado originalmente em 10/04/2018 no site da Agência Fapesp de Notícias


Foto: domínio público/pixabay e Carolina Kravetz (toras de madeira) 

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Mfvelasco
Mfvelasco
6 anos atrás

Maravilhoso. Pretendo ler mais a respeito. Muito interessante a associação dos métodos analíticos.

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