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Deb Halland é aprovada pelo Senado dos EUA e torna-se a primeira indígena a ocupar um cargo ministerial no governo

Já escrevi sobre Deb Halland duas vezes, aqui, no Conexão Planeta. A primeira foi quando ela foi eleita deputada pelo Novo México, em novembro de 2018.

Mesmo com Donald Trump no poder, a diversidade marcou as eleições americanas dando voz a mulheres, indígenas, muçulmanas, negros e LGBTs.

Ela foi uma das congressistas mais ativas, tornando-se uma “pedra no sapato” de Bolsonaro, liderando propostas legislativas contra seu governo em aliança com Trump. Foi uma pequena luz no fim do túnel, que certamente contribuiu para a eleição de Joe Biden, no final de 2020.

Em novembro, Biden escolheu Halland para assumir a secretaria do interior de seu governo e ela voltou às páginas do Conexão Planeta.

Agora, ei-la aqui novamente devido a uma grande vitória: acaba de ser aprovada pelo Senado dos EUA e, assim, torna-se a primeira pessoa indígena a ocupar um cargo ministerial na história do país.

O placar foi um pouco apertado, é verdade – 51 a 40 -, mas Halland recebeu o apoio de senadores republicanos – ela é democrata , como Lindsey Graham, da Carolina do Sul (ex-aliado de Trump) e de Lisa Murkowski, do Alasca, e Susan Collins, do Maine. 

Terras indígenas e mudanças climáticas

Essa pasta não poderia estar em melhores mãos. Haaland agora tem autoridade sobre um departamento que emprega mais de 70 mil pessoas e supervisiona mais de 20% da superfície do país.

Ela supervisionará políticas que orientem o uso de milhões de hectares de terras federais e indígenas. Certamente de modo sustentável e justo.

E também terá papel crucial nos planos de Biden no combate às mudanças climáticas, uma de suas maiores bandeiras já durante a campanha eleitoral.

Em seu discurso assim que foi eleito, ele destacou a crise climática como uma de suas prioridades.

Parabéns para Deb Halland! Nos anima demais ver uma pessoa que representa os povos originários da Terra ganhando espaço no sistema dos não-indígenas, num país como os EUA, que vinha influenciando o Brasil de forma negativa devido à amizade entre os dois presidentes extremistas. Tomara que seja sinal de bom presságio por aqui.

Foto: Divulgação/Campanha eleitoral de 2018

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