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Da importância de ser criativo – não só com a câmera!

da importância de ser criativo

Como qualquer ramo da tecnologia, os recursos fotográficos vêm evoluindo cada vez mais rápido, desde seu surgimento como forma de registro de imagens há cerca de dois séculos. O grande passo na história recente foi a fotografia digital – mas, depois disto, vieram muitas outras invenções, que expandiram incrivelmente as possibilidades para fotógrafos amadores e profissionais.

Um bom exemplo disto são os drones, que alguns anos atrás eram caríssimos e restritos a poucos privilegiados. Até então, a alternativa para quem quisesse fazer imagens aéreas era gastar uma pequena fortuna contratando um avião ou helicóptero. Atualmente, com o custo de menos de duas horas de voo privativo, já é possível comprar um drone de ótima qualidade.

Mas não era bem assim em 2012, quando fiz a foto que ilustra esta postagem. Eu havia sido contratado para criar um banco de imagens das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do Mato Grosso do Sul, dentre as quais, está o Recanto Ecológico Rio da Prata.

Imaginando ângulos diferentes, tempos antes eu tinha feito uma adaptação para suspender a câmera a seis metros do solo em uma vara de alumínio usada para limpar piscinas – e aquela foi a oportunidade ideal para testá-la profissionalmente! Eu buscava uma imagem que ilustrasse de fora d’água a limpidez dos rios da região e a exploração turística sustentável de um recurso natural.

A ideia deu certo e, além de ter sido publicada com destaque em um livro sobre as reservas naturais do estado, esta foto foi replicada em diversas mídias virtuais e impressas nos últimos anos. Hoje em dia é fácil encontrar imagens semelhantes feitas com drones na região, mas na época, foi uma cena inédita.

Moral (ou morais) da história: dia após dia surgem recursos que viabilizam a captura de fotografias praticamente impossíveis anteriormente. Assim, um bom fotógrafo de natureza tem que estar sempre atento às novas tecnologias e tendências estéticas da fotografia, pois uma imagem que antes parecia sensacional e imbatível, pode rapidamente tornar-se “comum” e sem tanto apelo visual. Além disto, sua criatividade na busca de determinada imagem pode ir além do uso da câmera em si – as limitações financeiras podem ser superadas criativamente com adaptações de equipamentos de baixo custo.

Encerro com uma sábia frase de Luiz Claudio Marigo, eterna referência na fotografia de natureza: “A fotografia nasceu como uma tecnologia, mas o espírito humano fez dela uma forma de arte, um meio de expressão pessoal, um caminho de autodescobrimento, uma terapia, um passatempo…”

Fotos: Daniel de Granville (abertura) e Osvaldo Esterquille Jr. (making of) 

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