Durante conferência Our Ocean sobre a proteção dos oceanos e recursos marinhos do Chile, realizada hoje (5), em Valparaíso, a presidente chilena Michelle Bachelet anunciou a criação de uma extensa reserva marinha contra a pesca predatória e a exploração de petróleo.
Bachelet declarou como zona de proteção integral uma área de 631.368 km², ao redor da Ilha de Páscoa e ao largo da costa leste do Pacífico. A área da reserva marinha quase equivale ao tamanho do próprio Chile, que tem 756.945 mil km².
A presidente acredita que a decisão deve proteger 27 espécies e as populações que pescam nesses locais, uma vez que a nova reserva marinha abrange uma área rica em biodiversidade. O projeto também prevê pequenas áreas onde a pesca sustentável será permitida.
Na mesma conferência, os Estados Unidos apresentaram um plano para regular o comércio da pesca em escala mundial. A ideia é unir governos de todo o mundo contra navios de pesca ilegal, que serão rastreados via satélite pela agência norte-americana National Oceanographic and Atmospheric Administration (NOAA). Segundo estudo da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), 29% das reservas de peixes são exploradas além do recomendado.
A conferência ainda abordará a acidificação dos oceanos e a poluição marinha por pesticidas, fertilizantes e lixo plástico.
Foto: Domínio Público
Toda a pesca é predatória, somos predadores! Atualmente esta sendo mais usado o termo “pesca insustentável” que se enquadra em praticamente toda a pesca industrial. Combater a pesca ilegal, como os Estados Unidos propõem, com essas parcerias, é usar da expertise para promoção. Difícil é combater a pesca insustentável praticada pela maioria das grandes potencias do mundo com cotas acordadas para suprir demandas do mercado mundial de pescado. É comum barcos estrangeiros industriais pescarem em águas brasileiras sem permissão. Não temos fiscalização! Assim como muitos outros países em desenvolvimento. Então, espero que o Chile consiga fiscalizar toda essa área marinha, pq, esse é o maior desafio em criar áreas de proteção marinhas, caso contrário não cumprirá seu propósito.