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Brasil está entre os países com maior número de mortes de profissionais de saúde devido à pandemia

Brasil está entre os países com maior número de mortes de profissionais de saúde devido à pandemia

Até junho, foram confirmados mais de 83 mil casos de profissionais de saúde contaminados pelo novo coronavírus no Brasil e quase 190 mil testes ainda aguardavam resultado. Nos últimos três meses, o número de mortes provocadas pela COVID-19 entre enfermeiros chegou a 238 e médicos a 139.

Os números acima são dados oficiais do Ministério da Saúde e é de senso comum que exista uma subnotificação. Eles fazem parte de um relatório divulgado esta semana pela organização Anistia Internacional, que denuncia que, em vários países, apesar de seu trabalho árduo diante da pandemia, muitos profissionais de saúde não receberam a estrutura necessária de governos para trabalhar, como por exemplo, equipamentos de proteção individual adequados, os chamados EPIs, e em alguns casos, foram, inclusive, atacados.

Ainda não há estatísticas globais e oficiais sobre os óbitos envolvendo os profissionais da área de saúde infectados pelo coronavírus, mas a estimativa é que já sejam 3 mil em 79 países.

De acordo com o monitoramento da Anistia Internacional, até agora, os países com o maior número de mortes nesse grupo de trabalhadores essenciais incluem os Estados Unidos (507), Rússia (545), Reino Unido (540), Brasil (351), México (248) , Itália (188), Egito (111), Irã (91), Equador (82) e Espanha (63).

Brasil está entre os países com maior número de mortes de profissionais de saúde devido à pandemia

Imagem acima mostra onde há mais mortes de
profissionais de saúde no mundo

A organização defende que governos sejam responsabilizados pelas mortes desses profissionais por terem fracassado em protegê-los.

“Com a pandemia da COVID-19 ainda acelerando em todo o mundo, pedimos aos governos que comecem a levar a sério a saúde e a vida dos trabalhadores essenciais. Os países que ainda enfrentam o pior da pandemia não devem repetir os erros dos governos cuja falha na proteção dos direitos dos trabalhadores teve conseqüências devastadoras ”, afirmou Sanhita Ambast, pesquisadora e consultora de direitos econômicos, sociais e culturais da Anistia Internacional.

“É especialmente preocupante ver que alguns governos estão punindo trabalhadores que expressam suas preocupações sobre as condições de trabalho que podem ameaçar suas vidas. Os profissionais de saúde na linha de frente são os primeiros a saber se as políticas do governo não estão funcionando e as autoridades que os silenciam não podem afirmar seriamente que priorizam a saúde pública”, completou.

No Brasil, vale lembrar que partidários do presidente Jair Bolsonaro agrediram enfermeiros em um protesto realizado por esses trabalhadores, em Brasília, no início de maio, quando pediam melhores condições de trabalho e defendiam o isolamento social.

Na China, um dos primeiros médicos que alertou autoridades locais sobre o começo da então epidemia, em Wuhan, foi censurado e obrigado a se retratar. Pouco tempo depois, ele acabou morrendo, vítima do coronavírus.

A Anistia Internacional recomenda que governos garantam uma compensação adequada para todos os trabalhadores de saúde que contraíram a COVID-19, como resultado de atividades relacionadas ao trabalho.

Brasil está entre os países com maior número de mortes de profissionais de saúde devido à pandemia

Registro do protesto realizado, em maio, em Brasília

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Fotos: reprodução Facebook Sindicato dos Enfermeiros do DF

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Aniceta Izilda Lopes
Aniceta Izilda Lopes
3 anos atrás

E de uma crueldade o que este governo está fazendo vendo tanto profissionais da saúde morrendo e de uma tristeza que não dá nem para explicar muita maldade não sei nem o que falar tem que mandar para cadeia sem pensar pois e horrível um crime em massa

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