PUBLICIDADE

Biólogos comemoram nascimento do 50o filhote de harpia em Refúgio Biológico no Paraná

Biólogos comemoram nascimento do 50o filhote de harpia em Refúgio Biológico no Paraná

Com apenas 89 gramas, o pequeno filhote de harpia já é uma estrela. Ele é o 50o a nascer do Programa de Reprodução de Harpias, conduzido pelo Refúgio Biológico Bela Vista, em Foz do Iguaçu.

Nascido no dia 26 de abril, o recém-nascido é filho do primeiro macho nascido no local, em 2009. Já a mãe veio do Parque Zoobotânico Vale, no Pará, em 2014. Eles são um dos seis casais reprodutores do plantel, que conta, atualmente, com 36 aves.

“Nosso programa é o único no mundo que mantém uma reprodução continuada da espécie. Em outras instituições, há dois ou três nascimentos, mas não é mantida a reprodução de forma constante”, explica o biólogo Marcos de Oliveira, especialista no manejo de aves de rapina.

Também chamada de gavião-real, uiraçu ou gavião-pega-nenê, a harpia (Harpia harpyja) é a maior ave de rapina do Brasil, pesando em média 5 kg. As asas deste pássaro majestoso – em tons de cinza e branco -, podem chegar a ter até 2 metros de envergadura.

Biólogos comemoram nascimento do 50o filhote de harpia em Refúgio Biológico no Paraná

A harpia vive em florestas tropicais entre o sul do México e o norte da Argentina, e no Brasil, é encontrada na Amazônia e em outras áreas do país. Infelizmente, a espécie está ameaçada de extinção.

Animal do topo da cadeia alimentar, ela tem em sua dieta cobras, tatus, bichos-preguiça, filhotes de veado, araras-azuis, seriemas, macacos-prego e até, cachorros-do-mato. A força da ave é tão grande, que é capaz de levar suas caças até o topo das árvores para se alimentar. Por isso mesmo, sua presença na floresta é tão importante, pois ela controla naturalmente a população de outros animais, mantendo o equilíbrio da vida selvagem.

Reintrodução da harpia na natureza

É necessário esperar ainda um pouco mais de tempo para saber o sexo do filhote nascido no refúgio paranaense.

O bem sucedido Programa de Reprodução de Harpias da Itaipu Binacional é um fornecedor de espécimes para várias instituições internacionais. Os coordenadores do projeto revelam que a próxima doação será de um casal, nascido no Paraná, a ser enviado ao ZooParc Beauval, na cidade de Saint-Aignan, na França.

“Para exportação de animais silvestres nativos, é permitido somente o envio de animais de segunda geração. É uma estratégia para manter conservado o material genético no seu país de origem, porém, permite a participação de outras instituições em programas integrados de conservação da espécie”, esclarece Oliveira.

O biólogo ressalta que o próximo passo, em um breve futuro, é conseguir soltar algumas dessas aves na natureza. “Já temos animais com idade compatível para entrar em um programa de soltura. É preciso finalizar o processo, criar um recinto no meio da floresta, longe do contato humano e colocar presas vivas para as aves caçarem”, diz.

Leia também:
Há mais de 20 anos, Projeto Harpia trabalha para salvar da extinção a maior ave de rapina do Brasil
Descobertos em reserva de proteção da Bahia ninhos de harpia, ave rara em risco de extinção
Harpia, ameaçada de extinção, vive em região de São Paulo que pode ser devastada por termoelétrica

Foto: divulgação/Alexandre Marchetti

Comentários
guest

3 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
View all comments
Renato Rizzaro
3 anos atrás

Maravilhosa notícia!!!

Wilson
Wilson
3 anos atrás
Reply to  Renato Rizzaro

Parabéns

Plinio Loures Senna
Plinio Loures Senna
3 anos atrás

Que notícia boa ! … Parabéns aos envolvidos.

Notícias Relacionadas
Sobre o autor
PUBLICIDADE
Receba notícias por e-mail

Digite seu endereço eletrônico abaixo para receber notificações das novas publicações do Conexão Planeta.

  • PUBLICIDADE

    Mais lidas

    PUBLICIDADE