Austrália terá maior fazenda solar do mundo

Austrália terá maior fazenda solar do mundo

Os números são impressionantes: nada menos do que 3,4 milhões de painéis solares e 1,1 milhão de baterias entrarão em funcionamento na usina solar a ser inaugurada, até o final do ano, no município de Morgan, numa região de deserto, ao sul da Austrália.

Quando estiver pronta, a planta terá a maior capacidade de geração solar do mundo, de aproximadamente 300 megawatts, o suficiente para atender a demanda elétrica de milhares de casas.

O investimento privado de 1 bilhão de dólares, chamado de Projeto Kingfisher, está  sendo feito pelo Lyon Group, especializado na produção de baterias para estocagem de energia.

“Vemos como sendo inevitável a necessidade de integrar a produção solar em larga escala com estocagem por baterias para poder termos uma economia rumo à descarbonização”, afirmou David Green, executivo do grupo.

Ao falar em descarbonização, Green se refere a diminuir a dependência do mundo à energia proveniente da queima de combustíveis fósseis, como petróleo e carvão, que além de poluir o meio ambiente, emitem gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento da superfície da Terra.

“Projetos como este, envolvendo energias renováveis, representam o futuro”, destacou o primeiro-ministro da Austrália, Jay Weatherill, sobre a construção da fazenda solar no sul do país.

Até há pouco tempo, a tecnologia desenvolvida pela Lyon era o maior desafio enfrentando pelo mercado solar: como estocar energia? A companhia australiana, assim como as empresas de Elon Musk – Tesla e Solar City -, já detêm o conhecimento e expertise para fazer isso.

O sul da Austrália é uma região de muito calor e vento, que tem investido fortemente em energias renováveis, principalmente depois do fechamento de diversas usinas de carvão. Todavia, nos últimos meses, o sistema de abastecimento de eletricidade local tem sofrido com constantes interrupções. Agora com a planta de Morgan, a situação deve se estabilizar, graças às baterias que conseguem estocar energia e atender a demanda em todos os horários do dia, inclusive, à noite.

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Foto: divulgação Lyon Group

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.