Em novembro do ano passado, escrevi aqui sobre a história dos três atobás feridos com balas de chumbinho que passaram por cirurgia em Santa Catarina. Infelizmente, dois morreram e apenas um deles sobreviveu. As aves foram resgatadas em lugares diferentes, mas todos tinham projéteis de armas de ar comprimido em seus corpos.
Os atobás-pardos (Sula leucogaster) foram cuidados pela equipe do Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM) da Associação R3 Animal*.
E hoje, boas notícias chegam de Santa Catarina. Depois de alguns meses da cirurgia e um processo de reabilitação, o atobá foi solto na natureza.
Junto com outras aves que também foram cuidadas pela R3 Animal, o atobá foi levado à Praia do Moçambique, em Florianópolis, e liberado, novamente, em seu habitat natural.
Essa já havia sido a segunda tentativa de soltura do atobá. Mas felizmente, desta vez, ele saiu voando.
“Este animal precisou passar por um longo período de tratamento e fisioterapia de voo. Foi muito gratificante vê-lo voando depois de tudo o que aconteceu. É inaceitável esse crime contra a fauna”, diz Janaina Rocha Lorenço, médica-veterinária, responsável pela cirurgia para a retirada do chumbinho.
Confira abaixo as lindas imagens com a sequência da soltura do atobá:
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Caso encontre um mamífero, ave ou tartaruga marinha debilitada ou morta na praia, ligue 0800 642 3341, das 7h às 17h. Sua ajuda é fundamental para salvar vidas!
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*O trabalho de reabilitação de animais marinhos que a R3 Animal realiza em Florianópolis faz parte do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), uma condicionante do licenciamento ambiental para a exploração do pré-Sal conduzido pelo Ibama. O PMP-BS vai de Laguna SC até Saquarema RJ e é executado por 15 instituições diferentes.
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Fotos: divulgação R3 Animal/Nilson Coelho