Ativistas fazem manifestação em Londres pela proteção dos corais da Amazônia

Ativistas fazem manifestação em Londres pela proteção dos corais da Amazônia

Dezenas de manifestantes foram às ruas hoje pela manhã (21/08), na capital da Inglaterra, para protestar contra a exploração de petróleo numa região próxima aos recifes de corais da Amazônia.

Uma expedição realizada pelo Greenpeace revelou que, o recife se estende da Guiana Francesa ao estado do Maranhão e tem cerca de 960 km. Pesquisadores acreditam que o local seja habitat de mais de 60 espécies de esponjas, 73 espécies de peixes, lagostins e estrelas, como mostramos aqui, neste outro post.

Carregando peixes e águas-vivas gigantes infláveis, ativistas do Greenpeace caminharam pelo Trafalgar Square, um dos pontos turísticos mais famosos de Londres, e foram até a sede da empresa petrolífera BP.

O grupo entregou uma petição assinada por 1,3 milhão de pessoas pedindo para que a companhia desista do plano de perfurar poços de petróleo na foz do rio Amazonas. Se houver algum derramamento de óleo na região, milhares de vidas marinhas podem ser perdidas, muitas delas desconhecidas dos cientistas, já que os recifes de corais da Amazônia nem sequer foram estudados ainda por eles.

Além disso, a atividade pode ter um impacto enorme sobre as populações ribeirinhas que moram na área e sobrevivem, sobretudo, da pesca.

Em resposta ao protesto, em sua página no Facebook, a BP afirmou que a perfuração será feita à 160 km da costa, a partir de agosto de 2018, mas somente depois que o Ministério do Meio Ambiente der sua permissão. Segundo a empresa, parte do processo inclui um plano de impacto ambiental e que “nossa prioridade é garantir as melhores práticas e uso de tecnologia para assegurar a segurança da operação e proteger o meio ambiente”.

Se a BP quer proteger a natureza, então por que não investe em energias renováveis e limpas?

Assine também aqui a petição e faça com que a BP cancele JÁ a exploração de petróleo na Amazônia!

Foto:
Petróleo no mar deixa peixes com síndrome de Dory

Fotos: Chris Ratcliffe / Greenpeace

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.