‘Amazônia’ de Sebastião Salgado chega ao Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro
De 2013 a 2019, o fotógrafo Sebastião Salgado fez 48 expedições à Amazônia para registrar a floresta com toda sua magnitude e a presença altiva dos povos indígenas.
No início, ele ainda estava envolvido com a produção de Gênesis, mas, em parceria com sua companheira, Lélia Wanick Salgado, já vislumbrava a possibilidade de realizar uma exposição especial em várias cidades do mundo para apresentar a beleza das regiões preservadas e a importância dos indígenas em sua conservação. E assim foi.
Idealizada por Lélia, a exposição Amazônia foi realizada inicial e simultaneamente em Paris (onde mora o casal), Londres e Roma, de maio a outubro do ano passado.
Em São Paulo, chegou em 15 de fevereiro e ficou até 10 de junho, no Sesc Pompeia. Agora, aporta no Rio de Janeiro, no Museu do Amanhã, a partir de 19 de julho, onde fica até 29 de janeiro de 2023, devendo seguir para Belém, ainda sem data prevista.
Patrimônio da humanidade em 200 imagens
Ao idealizar a exposição Amazônia, Sebastião e Lélia queriam ajudar a despertar a consciência e a ação pela proteção deste bioma, que é patrimônio da humanidade. Mostrar “a floresta que precisamos preservar”, que ainda está intocada graças a seus guardiões.
Assim, o fotógrafo navegou pelos rios que correm como serpentes na região, flagrou chuvas torrenciais e os famosos ‘rios voadores’, as árvores com copas suntuosas e paisagens majestosas, pouco ou nada conhecidas.
“Todo mundo conhece a Amazônia como uma grande planície repleta de árvores e de rios, mas ela tem um sistema de montanhas maior do que os Alpes, com cachoeiras incríveis”.
Durante as expedições, Salgado também visitou 12 comunidades indígenas – de etnias como yanomami, yawanawá, marubo, ashaninka… – e convidou homens, mulheres e crianças a revelarem sua cultura, hábitos e rituais, enfeitados com pinturas e adereços.
Saiba mais em Sebastião Salgado apresenta a Amazônia preservada e seus guardiões, em nova exposição, texto que publiquei em fevereiro, quando a mostra chegou ao Brasil, em São Paulo.
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Foto (destaque): indigena Yawanawá em foto de Sebastião Salgado/divulgação
Jornalista com experiência em revistas e internet, escreveu sobre moda, luxo, saúde, educação financeira e sustentabilidade. Trabalhou durante 14 anos na Editora Abril. Foi editora na revista Claudia, no site feminino Paralela, e colaborou com Você S.A. e Capricho. Por oito anos, dirigiu o premiado site Planeta Sustentável, da mesma editora, considerado pela United Nations Foundation como o maior portal no tema. Integrou a Rede de Mulheres Líderes em Sustentabilidade e, em 2015, participou da conferência TEDxSãoPaulo.