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Acordo de Paris entra em vigor em novembro

Acordo de Paris

Antes de completar um ano – foi lançado no final da Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, em Paris, em dezembro de 2015 -, o Acordo de Paris, documento que estabeleceu os parâmetros de atuação dos países para frear o aumento da temperatura do planeta abaixo de 2º C, se tornará lei internacional em 4/11, pouco antes da COP22, em Marrakesh.

197 países fazem parte da Convenção do Clima, mas, para que o acordo se transformasse em lei internacional, era preciso que 55 países – representando 55% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) – assinassem o acordo. Até agora, 72 aderiram. Estes representam 56,75% do total de emissões no mundo. Que vitória!

A boa notícia veio com a adesão da União Europeia (UE), esta semana. De acordo com o Observatório do Clima, a decisão do bloco pode ter sido “desencadeada pelos seis países que já haviam completado seus processos nacionais de aprovação: França, Eslováquia, Hungria, Alemanha, Áustria e Portugal”. Representantes desses países irão à Nova York amanhã para entregar seus documentos legais de ratificação à ONU.

A ministra do Meio Ambiente da França, Segolène Royal, disse no Parlamento Europeu: “Este é um grande dia para a Europa e para o planeta, e um grande momento histórico, numa época em que o mundo está sofrendo com a violência e o fanatismo – mostra que podemos lutar para proteger o ambiente e o planeta”.

A divulgação da adesão da UE foi feita pouco antes da nomeação de Antonio Guterres como possível substituto do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cujo mandato termina em dezembro, logo após a COP22.

Quer acompanhar as ratificações? É só ficar ligado neste link atualizado pela ONU.

Que países aderiram até agora
– Albania / Alemanha (UE) / Antiqua e Barbuda / Argentina / Áustria (UE)
– Bahamas / Bangladesh / Barbados /Birlorússia /Bélgica (UE) / Belize /Brasil /Brunei /Bulgária (UE)
– Camarões / China / Chipre (UE) / Croácia (UE) / Ilhas Cook / Coréia do Sul
– Dinamarca (UE) / Dominica
– Emirados Árabes / Eslovênia (UE) / Espanha / Eslovênia (UE) / Estônia (UE) / EUA
– Fiji / Finlândia (UE) / França (UE)
– Ghana / Grâ Bretanha (UE) / Granada / Guiné / Guiana
– Honduras / Hungria (UE)
– Irlanda (UE) / Irlanda do Norte (UE) / Islândia / Itália (UE) / Índia
– Kiribati
– Laos / Letônia (UE) / Lituânia (UE) / Luxemburgo (UE)
– Madagascar / Maldivas / Mali / Ilhas Marshall / Ilhas Mauricius / México / Micronésia / Mongólia / Marrocos
– Namíbia / Nauru / Nova Zelândia / Niger / Noruega
– Palau / Estado da Palestina / Papuda /Panamá /Perú / Polônia (UE) / Portugal (UE)
– Reino dos Países Baixos (UE) / Reino Unido /República Checa (UE) / República Eslovaca (UE) / República Helênica (UE) / República de Malta (UE) / Romênia (UE)
– Samoa / Senegal / Ilhas Seychelles / Singapura / Ilhas Salomão / Somália / Sri Lanka / Saint Kitts and Nevis / Santa Lúcia / São Vicente e Granadina / Suazilândia / Suécia (UE)
– Tailândia / Tanzânia / Tonga /Tuvalu
– Uganda / Ucrânia
– Venezuela.

Ao infinito e além?
Daqui pra frente, certamente outros acordos poderão ajudar a intensificar ainda mais os esforços para a redução de emissões pelo mundo.

Na semana que vem, por exemplo, cerca de 60 países se reunirão em Montreal – entre eles, Estados Unidos, China, os países da União Européia, Qatar e Emirados Árabes – poderão se unir para ajudar a neutralizar as emissões da aviação civil.

Em Kigali, em Ruanda, o Protocolo de Montreal será revisto – com o objetivo de reduzir ou substituir o uso dos gases HFCs, usados nos aparelhos de ar condicionado e que substituíram os CFCs para a proteção da camada de Ozônio, mas que se revelaram muito potentes no efeito estufa, causando aumento de até 0,5º C na temperatura do planeta.

Foto: divulgação COP21 (foto do final da conferência)

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