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A estratégia inusitada do rapazinho-do-chaco para escapar dos predadores

A estratégia inusitada do rapazinho-do-chaco para escapar dos predadores

Este rapazinho pertence à família Buconidae, a mesma do bico-de-brasa, capitão-do-mato, urubuzinho e, como o nome sugere, vive nas formações arbóreas do chaco e matas secas do leste da Bolívia, Paraguai, norte da Argentina e Mato Grosso do Sul, aqui no Brasil.

Permanece assim, imóvel, durante um bom tempo, mudando de vez em quando apenas de lado e virando a cabeça. Não dorme no ponto, como dizem os caboclos através de nomes como dorminhoco e preguiçoso e nem é estúpido, como sugere o apelido de joão-bobo. Confia, isso sim, em sua camuflagem.

Às vezes passa despercebido por conta da imobilidade, permanecendo um bom tempo nas pontas de galhos ou estacas, de onde caça insetos em voo, com audível estalo e retorna ao local de partida para saborear o quitute, tranquilamente.

Quando muda de pouso voa ligeiro e em certas situações recua em marcha à ré com passos miudinhos.
Gosta de tomar banho de sol, chuva e também de poeira, esse último é muito usado pelos bichos para afastar os parasitas, ou seja, como repelente natural.

Se for apanhado finge-se de morto e pratica a tanatose, o que não é novidade para alguns insetos, gambás, lagartos, cobras, sapos, pererecas e até peixes, que usam essa técnica para escaparem dos predadores. Mas não só escapar como também se deixar aproximar por suas presas que, enganadas, pensam que seu inimigo esta morto, aproximam-se e zás! Viram o prato principal!

O termo tanatose vem de thánatos, que é o deus da morte, filho da noite e de hipnos, da mitologia grega. Ele é utilizado pela ciência para definir o comportamento de fingir-se de morto, adotado por alguns insetos e animais. É tão perfeito que o indivíduo pode ficar absolutamente “morto” até perceber que o perigo desapareceu, ou, então, notar qualquer distração no predador e sair numa disparada medonha, sem chance de ser recapturado.

Sinal de que nosso rapazinho-do-chaco é pra lá de esperto!

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Imagem: Renato Rizzaro

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Sandra
Sandra
2 anos atrás

Humanos precisam aprender com o rapazinho-do-charco essa técnica para se camuflar, vez em quando, quando torna-se vital ausentar-se do pedaço, dos predadores de emoções e sentimentos, fingindo-se de mortos para não “gastar ” a imagem mas principalmente continuar vivos.

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