Não é porque já passou dos 70 que Wisdom se deixará abater. Pelo contrário! A albatroz da espécie Laysan (Phoebastria immutabilis), que é considerada a mais velha do mundo, pelo que se tem conhecimento, está beirando os 72 ou 73 anos. Ela foi avistada pela primeira vez em 1956, colocando um ovo, e desde então, passou a ser acompanhada pela equipe do U.S. Fish & Wildlife Service, que colocou um anel de monitoramento em sua pata – a anilha vermelha com o número Z333.
Ao longo dos últimos anos, Wisdom sempre teve um companheiro fixo, Akeakamai, com quem gerou filhotes em 2016, 2018 e no começo de 2021. Todavia, nas três últimas temporadas de reprodução, o macho não reapareceu no Atol de Midway, uma reserva de proteção marinha a noroeste do Havaí, no Oceano Pacífico.
Talvez Akeakamai tenha morrido. Mas a viuvez não parece ter desanimado Wisdom, que continua sendo flagrada cortejando outros machos.
Em uma postagem recente, o Serviço de Vida Selvagem e Pesca dos Estados Unidos (USFWS) da Região do Pacífico compartilhou fotos da fêmea.
“A idade é apenas um número, talvez digam as aves marinhas. Wisdom, a ave selvagem mais antiga conhecida do mundo, foi fotografada novamente no mês passado no Refúgio Nacional de Vida Selvagem do Atol de Midway, dançando com potenciais parceiros”, escreveram os biólogos.
Estima-se que Wisdom tenha colocado entre 50 e 60 ovos durante sua vida e gerado aproximadamente 30 filhotes. E que já tenha voado 5,6 milhões de km – o equivalente a sete voltas ao redor da lua.
Os albatrozes-de-laysan são chamados de mōlī, na língua havaiana. Todos os anos, 600 mil casais de aves chegam às duas ilhas do Atol de Midway para se reproduzir, na maior colônia da espécie do mundo.
Wisdom, à direita, com a anilha vermelha, com o número Z333: ela já virou uma lenda!
Foto: Jon Plissner / USFWS
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Foto de abertura: Jon Plissner / USFWS