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Trump cancela cúpula sobre clima e saúde e Al Gore cria encontro paralelo

Não há dúvida que a Humanidade passa por um momento muito difícil na mão de governos conservadores e intolerantes. Mas é nessas horas que a resistência salva as boas ideias e intenções. Al Gore, ambientalista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, que o diga! Ele provou esta semana que não desistir é a única saída.

Hoje, cientistas, epidemiologistas e profissionais de saúde de todo o mundo deveriam estar na cidade americana de Atlanta para debater a ameaça crescente das mudanças climáticas sobre a saúde pública. Mas a administração de Trump cancelou a Cúpula sobre Clima e Saúde. Al Gore não deixou por menos. Junto com a organização que fundou – O Climate Reality Project -, se aliou ao Instituto de Saúde Global de Harvard e a Associação Americana de Saúde Pública para organizar um evento paralelo, ao qual deram o nome de Encontro de Clima e Saúde.

“Enfrentamos um clima político desafiador, mas a crise climática não deve ser política. Não é apenas a maior crise existencial que enfrentamos: ela também está causando uma emergência de saúde global, onde as apostas são de vida ou morte”, afirma ele. Devido à urgência dessas ameaças, vários parceiros e eu decidimos organizar o Encontro de Clima e Saúde, preenchendo o vazio deixado pela Cúpula sobre Clima e Saúde, que seria realizada pelo Centers for Disease Control e Prevention, do governo, mas foi cancelada abruptamente no mês passado”, explica.

Al Gore é o anfitrião do encontro, que tem transmissão online ao vivo e a participação do diretor executivo da Lancet’s Countdown, Nick Watts, do presidente e fundador da Health Care Without Harm, Gary Cohe, e do representante da OMS, Diarmid Campell-Lendrum.

Foco nas crianças
Os estudos científicos sobre o aquecimento global dão conta de que, entre 2030 e 2050, as alterações climáticas deverão causar cerca de 250 mil mortes por ano, como resultado da malnutrição, das epidemias (malária entre outras), da diarreia e do stress térmico. E isso custa dinheiro!!! Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde – tais danos podem custar à saúde (importante: excluindo agricultura, água e saneamento) cerca de US$ 2 a 4 bilhões/ano até 2030.

“As principais ameaças causadas à saúde no século XXI são as alterações climáticas e a poluição do ar causada pela queima de combustíveis fósseis, ou seja, combustão de carvão, petróleo, gasolina, diesel e gás natural”,  destaca Frederica Perera, PhD, Professora da Columbia University e Diretora do Centro Columbia para a Saúde Ambiental Infantil.  “E são as crianças pequenas que mais sofrem com isso”. E faz um alerta: “A ciência já sentenciou há muito tempo: reduzir nossa dependência dos combustíveis fósseis traz benefícios econômicos e para a saúde altamente significativos, agora e no futuro. Sabendo disso, temos um imperativo moral de promulgar políticas de energia e clima centradas nas crianças para protegê-las, já que são o grupo mais vulnerável”.

Margaret Chan, diretora da OMS, pede maior colaboração e cooperação entre as organizações de saúde do mundo para driblar o ambiente político desafiador que prevalece nos Estados Unidos e para que o debate avance: “Em um mundo pós-verdade e pós-fato, as opiniões que apelam para emoções e crenças pessoais são mais influentes do que evidências objetivas baseadas em Ciência. Precisamos defender a ciência e os fatos como nunca antes”.

Foto: Divulgação/Climate Reality Project

Com informações fornecidas pela Aviv

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