São Francisco proíbe uso de embalagens e produtos feitos com poliestireno

embalagem de poliestireno

Sabe aquela bandeja do presunto, queijo, carne e verduras que você compra no supermercado toda semana ou o copo de café que você leva para o trabalho, feitos de isopor? Pois é, eles são produzidos com poliestireno, um material proveniente do petróleo e que tem um enorme impacto no meio ambiente. Assim como o plástico, o poliestereno demora milhares de anos para se decompor na natureza, liberando substâncias químicas no solo e na água.

Bem, a prefeitura de São Francisco acaba de tomar uma decisão radical contra o poliestireno: proibiu a venda de qualquer produto fabricado com o material a partir de janeiro de 2017. Isso inclui embalagens, copos, brinquedos de criança (aqueles usados durante o verão na praia ou piscina) e aquelas bolinhas de isopor colocadas dentro de caixas entregues pelo correio. Para os supermercados, que usam as bandejas para acondicionar peixe e carne, o prazo dado para se adequar à lei foi um pouco maior: julho do ano que vem. Entretanto, a utilização do material continuará a ser permitida para fazer isolamento térmico.

O estado da Califórnia é um dos mais ativos na proteção ambiental. Desde 2007, a distribuição de quentinhas de poliestireno, as embalagens para levar comida para casa, já era proibida. Em 2014, foi a vez então de proibir a venda de garrafas plásticas em espaços públicos da cidade. Em abril deste ano, mostramos aqui, no Conexão Planeta, que a partir de janeiro de 2017 também, todos os novos edifícios de São Francisco serão obrigados a ter painéis solares.

Todas estas medidas fazem parte do plano da cidade em se tornar Lixo Zero até 2020, ou seja, que nenhum resíduo seja encaminhado para aterros sanitários ou usinas de queima de lixo.

Estima-se que aproximadamente 25 bilhões de copos de poliestireno sejam jogados no lixo por ano nos Estados Unidos. Infelizmente, grande parte deles acabará em aterros ou pior ainda, nos oceanos, onde animais ficam presos no isopor ou o ingerem, muitos deles, morrendo.

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Foto: C.K. Koay/Creative Commons/Flickr

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Suzana Camargo

Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante 6 anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, vive agora em Washington D.C.