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Peixe-boi sai da lista de animais em risco de extinção, mas continua ameaçado

A notícia é boa, mas não completamente. Após décadas tentando recuperar os peixes-boi na Flórida e no Caribe, pesquisadores do Serviço para Peixes e Vida Selvagem dos Estados Unidos revelaram, na semana passada, que esses animais não correm mais o risco de desaparecer – em todas as variedades – e, portanto, estão protegidos pela Lei de Espécies Ameaçadas de Extinção.

É para festejar, mas com reservas porque eles não estão totalmente fora de perigo. Continuam ameaçados pela poluição, pelo clima e pela pesca. Essa condição se aplica aos peixes-boi da Flórida – originários das Índias Ocidentais – e se estende aos peixes-boi antilhanos, encontrados no México, Porto Rico, América Central, norte da América do Sul e Grandes e Pequenas Antilhas.

Na Flórida, sudeste dos EUA, há cerca de 6.620 indivíduos. Pra se ter ideia da dimensão dos esforços realizados pelos pesquisadores, na década de 70 existiam apenas algumas centenas, como declarou o Serviço, em nota.

Jim Kurth, diretor da instituição, reconhece que “há muito trabalho a ser feito, ainda, mas é fato que o número de peixes-boi está aumentando e ele poderá enfrentar melhor as futuras ameaças”. Então, vamos celebrar!

Enquanto isso, no Brasil… Diogo é devolvido à natureza!

O peixe-boi Diogo foi resgatado ainda filhote no Rio Grande do Norte e precisou aprender a se alimentar para se reabilitar. Até quatro anos, só aceitava mamadeira! A questão aqui é que peixes-boi são herbívoros e comem plantas e folhas de mangue até desmamar.

Mas tudo correu bem, mesmo com essa limitação, e, na semana passada, ele foi devolvido à natureza com 2,43 metros e 314 kg, em Porto de Pedras, Alagoas, na Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais*. A espécie pode atingir até 4 metros e pesar 600 kg.

Mas a notícia é ainda mais otimista: esta já é a segunda reintrodução da espécie este ano e a 46ª. desde 1994. Conduzida pelo Programa Peixe-Boi/CEPENE (Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste), teve o apoio da SOS Mata Atlântica, do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e da Fundação Toyota do Brasil.
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*A APA Costa Corais abrange 13 municípios e 413 hectares em Alagoas e Pernambuco e inclui o segundo maior recife do mundo.

Foto: Extrabrandt/Pixabay (abertura) e Rafael Munhoz/SOS Mata Atlântica

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