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Os mistérios da onça-pintada, em livro


Há milênios, a onça-pintada encanta a humanidade.

É um animal incansável, que enxerga na escuridão, atravessa rios e escala árvores muito altas. Para ela, não há limite. Foi observando e imitando seu movimento preciso, que os primeiros homens aprenderam a caçar no continente americano.  São consideradas divindades, símbolos de força e de poder por muitos povos. Há uma infinidade de lendas e de causos contados nas terras onde vivem ou já viveram.

Não é à toa que o fascínio pela pintada “corre solto” entre os povos indígenas, os ribeirinhos e as comunidades andinas também. No Brasil, os índios penduram seus dentes em colares e adornam o próprio rosto com seus traços para se “transformarem” em onça. No México, vestem sua pele e sua cabeça para “encarná-la”.  Há tantas histórias assim para contar…

Que o digam Rogério Cunha de Paula, analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), a jornalista Laís Duarte, o coordenador do Projeto Onçafari, Mario Haberfield, e o fotógrafo Adriano Gambarini. Durante anos de observação e estudo sobre a onça-pintada, eles reuniram informações e imagens deslumbrantes que agora são apresentadas em um belíssimo livro: Panthera Onca – À Sombra das Florestas (à venda online).

São mais de 300 páginas com imagens deslumbrantes e relatos preciosos de quem tem dedicado sua vida a pesquisar e a conviver com o maior felino das Américas (e o terceiro maior no planeta), nos campos e nas matas pelo Brasil e pelo mundo afora.

Publicado pela Editora Avis Brasilis, com o apoio do Ministério da Cultura por meio de Lei de Incentivo à Cultura e patrocínio da Tetra Pak, revela a intimidade do animal pelo olhar de Gambarini, que tem mais de 20 anos de experiência e as acompanha desde 2001: na hora da tocaia, compenetrada; durante o sono ou na vigília; em família, na caça e predação de bois no Pantanal, descansando em árvores amazônicas a mais de 20 metros de altura e também em momentos de afeto com seus filhotes ou, até mesmo, de ensinamentos sobre caça e sobrevivência.

A obra não só destaca a presença da onça na cultura da América Latina, na arte e nas tradições indígenas brasileiras, como também denuncia a caça desenfreada ao animal – que colocou a espécie na lista dos animais ameaçados de extinção – e revela as estratégias dos pesquisadores para preservar os indivíduos que ainda restam no planeta.

Abaixo, uma amostra do acervo fotográfico de Gambarini, que ilustra o livro.


Leia também:
Onça pintada pode desaparecer da Mata Atlântica
Fotografia, sinônimo de dedicação 
No rastro da onça 
A onça do alívio
O rabo da onça

Fotos: Adriano Gambarini

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